As leituras deste dia
que a liturgia nos propõe, são subsídios importantes para a nossa caminhada em
direção à conversão que Deus almeja para todos nós. Conversão essa que não pode
ser resumida a algumas práticas externas, algumas mudanças de comportamento em
meio ao nosso cotidiano. T. Por isso Jesus conta a parábola da figueira que não
oferecia fruto. Na lógica, ela deveria ser arrancada, pois não tinha serventia
alguma. AS SITUAÇÕES VOLÚVEIS DA VIDA VÃO SE TORNANDO MAIS SIMPÁTICAS AO NOSSO
CORAÇÃO. Seria mais fácil e cômodo arrancá-la de vez. Precisamos ter muito
cuidado para não nos acostumarmos com o pecado que nos chega por meio das
situações de fácil acesso em nossas vidas. Situações que seduzem, ainda que
sejam danosas e desastrosas. É isto que hoje o santo evangelho nos faz
entender. Jesus fala que é preciso um pouco mais de tempo para cuidar daquela
figueira. Precisamos também de um pouco mais de tempo para com a nossa
conversão, podermos ajudar na conversão dos outros e não ficarmos perdendo
tempo com notícias ruins. Citavam para Jesus, algumas informações danosas a
respeito da morte de pessoas. Pensavam eles que a morte chegava como um castigo
de Deus. Infelizmente ainda há pessoas assim nos tempos de agora. Pior do que
aquelas mortes é julgar os outros e não abraçar uma vida nova. Recebamos a
graça que nos é oferecida por Deus. Ele nos capacita e nos edifica para isto (1ª leitura – Ef 4,7-16). Tenhamos uma
vida sempre mais reta. E não esqueçamos: MESMO DE PÉ, ESTAMOS VULNERÁVEIS ÀS
QUEDAS DESTA VIDA. E para não cairmos, devemos transformar tudo o que fazemos
em práticas de amor e de partilha aos irmãos. Agarremos as chances que Deus nos
oferece! Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
Padre Aureliano Gondim
"Só através da cruz se aprende a amar" (Bem-aventurada Madre Rosa Gattorno).
terça-feira, 27 de outubro de 2020
SEXTA-FEIRA DA 29ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO PAR): “Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?” (Lc 12,54-59).
O ser humano, dotado
de inteligência e sabedoria, avança numa velocidade muito grande, capitalizando
situações positivas que favorecem enormemente a sua postura em meio ao mundo
que se descortina à sua frente. Com tantas proezas no campo da ciência e da
tecnologia, o ser humano cresce vertiginosamente, potencializando a sua condição
de multiplicador das conquistas que Deus lhe permite alcançar. Assim ocorre em
meio aos sinais visíveis da natureza, que os sinais dos tempos vão pondo em
evidência. Tudo o que está à nossa volta permite com que o ser humano
transforme e seja também transformado, tendo em vista a sua felicidade. Mas é
bom destacar que tudo isto só acontecerá de forma satisfatória se houver sempre
a atenção à vontade de Deus. O ser humano se descobre a partir do instante que
procede em equilíbrio com a graça e a vontade divinas. DE QUE ADIANTARÁ SABER
INTERPRETAR OS SINAIS DA NATUREZA, SE FALTA AO SER HUMANO A SENSIBILIDADE
NECESSÁRIA PARA INTERPRETAR OS SINAIS DE DEUS? Por mais que haja avanços na
ciência, sempre será imprescindível a sua boa utilização, para que possamos
chegar ao fim de nossa realização, sempre apoiados e amparados pelo amor de
Deus. COM DEUS, SOMOS CO-CRIADORES. Criemos com a permissão do nosso criador.
Sem Deus seremos interesseiros, pois nos desviaremos do essencial. ATRAVESSEMOS
A APARÊNCIA DO QUE ESTÁ À NOSSA VOLTA, PARA CHEGARMOS AO NECESSÁRIO. Caso
contrário, nos perderemos de uma maneira desastrosa e também desleal. SAIBAMOS
LER OS SINAIS DOS TEMPOS. Deus é o autor, seu Filho o Mestre e nós os seus
aprendizes. Como nos aponta São Paulo, COM UM AGIR SEMPRE ÉTICO, MORAL,
RESPONSÁVEL E RESPEITOSO, SAIBAMOS SER SUPORTE PARA A VIDA DOS OUTROS E PARA AS
GERAÇÕES VINDOURAS (1ª leitura – Ef
4,1-6). Com atenção e responsabilidade, com humildade e temor a Deus,
interpretemos que a graça será sempre o fio condutor de nossas descobertas e do
nosso agir. QUE NÃO NOS FALTE A ESPERANÇA, PARA FAZERMOS DO BEM A FORÇA QUE NOS
IMPULSIONA AO RETO AGIR NO AMOR DE DEUS. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
QUINTA-FEIRA DA 29ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO PAR): “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e como gostaria que já estivesse aceso!” (Lc 12,49-53).
Esta
citação do evangelho de hoje é bastante provocadora. Precisamos compreender bem
o seu contexto. Quando Jesus nos fala que veio espalhar fogo pela terra e já
desejaria ardentemente que este fogo estivesse aceso, Ele nos fala do FOGO QUE
INFLAMA PARA O AMOR. É o fogo que aquece, ilumina e purifica. Este fogo não
destrói e mata, mas purifica e liberta. Acerca desta purificação, Jesus ainda
faz referência a um batismo que Ele mesmo esperava receber. No dia em que fomos
batizados, fomos acolhidos por Deus, em seu Filho Jesus, como novos filhos.
Eliminando o pecado original, nascemos de novo. E no dia deste nascimento,
foi-nos entregue uma vela acesa, simbolizando a presença de Jesus, luz do
mundo. Novamente percebemos a presença do fogo a nos iluminar e nos purificar.
Deixemos com que este fogo esteja sempre aceso em nós. Seja este o nosso
desejo. Meditando um pouco mais com a simbologia do fogo, vale ressaltar que o
fogo pode se apagar. Cabe a nós a tarefa de mantê-lo sempre aceso. Sem o fogo
do Espírito Santo que aquece, revigora e dá discernimento, poderemos facilmente
nos perder em meio aos descaminhos desta vida. Jesus também faz um importante
alerta que, num primeiro instante, soa como algo contraditório. Ao tempo em que
lança o fogo que purifica, fala ainda que veio para dividir. Familiares, amigos
e companheiros vivendo em profundo caos por conta de seu nome. A palavra de
Deus já nos diz que a paz é fruto da justiça. Quando primamos pelo bem e pela
sua consequência entre nós, optamos sempre pela verdade, ainda que nos cause
dor e sofrimento. É esta a divisão que retrata Jesus no evangelho.
Coloquemo-nos a serviço de Deus, como pede São Paulo (1ª leitura – Ef 3,14-21). Robustecidos pelo Espírito Santo que nos
foi confiado na graça do batismo, saberemos viver a plenitude do amor de Deus.
Eliminemos o que é nocivo em nós, a fim de vermos suas maravilhas em nossas
vidas. O fogo de Deus nos inflama para isso. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
terça-feira, 13 de outubro de 2020
QUARTA-FEIRA DA 29ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO PAR): “O Filho do homem vai chegar na hora em que menos o esperardes” (Lc 12,39-48).
O tema de hoje
enfatiza a necessidade de uma vida vigilante. Mas, para darmos conta desta
vigilância a que se refere Jesus, não a interpretemos mediante o medo, e sim
através da certeza de que é extremamente necessária uma vida de constante
alerta. VIGILANTES NOS APROXIMAMOS DE DEUS. A fim de compreendermos tudo isto
de uma forma bem prática, Jesus continua falando através de parábolas. Fala-nos
que é preciso cuidar das coisas essenciais da vida, como o mesmo cuidado que se
tem com o nosso lar diante de uma visita inesperada de um ladrão. UMA VEZ
AGINDO COM CAUTELA E PRUDÊNCIA, É PRECISO AINDA APRENDER A PLANEJAR A VIDA COM
RESPONSABILIDADE, A FIM DE QUE SAIBAMOS CUIDAR DOS MAIORES VALORES QUE DEUS
CONTINUA NOS CONFIANDO. Vigiar é ser também um administrador das coisas que
Deus nos confia. COMO CRIATURAS PREVIDENTES, ENTENDEREMOS COMO PROPORCIONAR UMA
VIDA PROVIDENTE. Uma boa dosagem de cuidado e atenção será sempre bem vinda. SE
NOS FALTAR O EQUILÍBRIO E O DISCERNIMENTO NECESSÁRIOS PARA ZELARMOS OS BENS QUE
DEUS NOS OFERECE, DAREMOS VASÃO AOS SENTIMENTOS MAIS TRAIÇOEIROS QUE PODEM ACOMPANHAR
O CORAÇÃO HUMANO. É o que nos aponta Jesus quando fala do empregado que espanca
e mata. FALTANDO-NOS A VIGILÂNCIA DO AMOR, ISENTANDO-NOS DA RESPONSABILIDADE DE
SERMOS OS ADMINISTRADORES DAS COISAS DE DEUS, COMPORTAMENTOS MOVIDOS POR
INSTINTOS E PAIXÕES DESORDENADOS PODERÃO TORNAR A NOSSA VIDA ALGO MALÉFICO E
DESASTROSO. Sejamos vigilantes porque somos reconhecedores de que somente Deus
nos garante o apoio fundamental ao nosso viver. Reconhecendo as atribuições que
nos permitirão viver nesta vigilância, entenderemos o quanto é necessário
sermos responsáveis com a missão que Deus nos confia. As tarefas diárias, bem
assumidas e assimiladas, farão com que estejamos agindo sempre na competência e
maturidade que Deus espera de nós. São Paulo, na primeira leitura de hoje,
fala-nos desta responsabilidade que nos garantirá a vigilância de uma vida mais
digna e mais feliz (1ª leitura – Ef
3,2-12). Que possamos sempre rever as nossas ações, a fim de estarmos
atentos aos anseios de Deus em cada um de nós. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
TERÇA-FEIRA DA 29ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO PAR): “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas” (Lc 12,35-38).
Se existe algo
altamente desagradável é sermos pegos de surpresa para alguma coisa. O
despreparo nos deixa desconcertados, talvez até sem conseguirmos dar um passo à
frente. A parábola que Jesus hoje nos conta tem a finalidade de nos alertar
para os percalços da vida. DEUS QUER QUE SEJAMOS SEUS SERVOS, MAS SERVOS
VIGILANTES. Aliás, aqui já antecipo um importante detalhe: o tema da vigilância
vai nos acompanhar durante alguns dias com a nossa reflexão diária do
evangelho. DEUS QUER A NOSSA VIGILÂNCIA. ELE NÃO QUER SER UM ACIDENTE NA NOSSA
VIDA. O encontro com o seu amor deve ser cheio de sentido. Alimentando uma
ansiedade boa, este encontro ocorrerá de forma tranquila e madura. Trago a
lembrança agora da clássica obra “O PEQUENO PRÍNCIPE”, destacando um dos
diálogos do príncipe com a raposa, quando esta lhe fazia entender o que era
mesmo o sentimento de se deixar cativar pelo amor. Assim falou a raposa: “se tu
vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas,
então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu
vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração”. Se nos
apresentarmos diante de Deus de qualquer forma, sem termos zelo para com a sua
presença que se dá através da oração, da caridade, do serviço e do amor aos
irmãos, sem dúvida alguma estaremos demonstrando pouco caso com Deus. Não
saberemos cativar ninguém, pois não seremos cativados pelo seu amor. Estejamos
preparados. Jesus pede para cingirmos os rins e mantermos nossas velas acesas.
Na Palavra de Deus, “cingir-se” é uma expressão muito comum no livro do Êxodo.
Significa estar pronto para ir aonde quer que o Senhor envie. Façamos a nossa
parte. Deus sempre faz a d’Ele. E para darmos conta daquilo que nos compete,
sintamos o quanto, em Jesus, somos amados por Deus, pois “do que era dividido,
Ele fez uma unidade” (1ª leitura – Ef 2,12-22). Na vigilância, seremos
sempre recompensados. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
SEGUNDA-FEIRA DA 29ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO PAR): “A vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lc 12,13-21).
Somos
seres de contradição. Quanto mais conseguimos, mais queremos. Esta triste
realidade é também fruto do capitalismo, este sistema excludente e traiçoeiro
que corrói a dignidade humana. Aprendemos que temos que nos esforçar, a fim de
conseguirmos a nossa estabilidade econômica e social. Isto não está errado. COM
DIGNIDADE, HONRADEZ E SENSATEZ, MEDIANTE OS NOSSOS ESFORÇOS E CAPACIDADES,
VAMOS GALGANDO ÊXITO PESSOAL, FAMILIAR E PROFISSIONAL. Contudo, a partir do
momento que o sentimento do verbo TER sufoca o desejo de vivermos bem o verbo
SER, aos poucos estaremos fadados ao fracasso e ao total descompromisso com o
evangelho. Jesus nos faz entender esta triste e inexpressiva realidade com a
parábola do homem rico. Alguém que soube multiplicar o fruto de seu trabalho,
mas se perdeu quando tal multiplicação servia meramente para o acúmulo e não
para a distribuição. O sistema capitalista atualiza esta parábola a todo
instante. Porque há pessoas preocupadas em acumular e esbanjar, infelizmente há
milhares que padecem e sofrem quando lhes falta o básico para viver. Jesus
chama este homem de louco. O SER HUMANO QUE REDUZ A SUA VIDA SIMPLESMENTE AO
ACÚMULO, AGRIDE O CORAÇÃO DE DEUS. Ter as coisas para fazer delas a alegria de
sua vida, é o mesmo que derrubar os celeiros, a fim de construir outros
maiores, como aponta Jesus com a parábola. APEGADOS AO DESPRESTÍGIO DO TER,
ESQUECEREMOS QUE DEUS NOS FEZ NESTA VIDA PARA ACUMULARMOS UNICAMENTE O DESEJO
DE ESTARMOS TODOS UM DIA COM ELE NOS CÉUS. Tenhamos as coisas, mas impelidos
pelo simples propósito e pelo grande desejo de vivermos pela fé, pois, mediante
a fé, é pela graça que seremos salvos, nos diz São Paulo na liturgia de hoje (1ª leitura – Ef 2,1-10). São Paulo
também nos alerta a não nos abandonarmos às paixões desta vida. O acúmulo
exacerbado do dinheiro e do poder é uma delas. TENDO AS COISAS, LUTANDO POR
ELAS, SAIBAMOS CREDITAR EM NÓS A MÁXIMA CERTEZA DE QUE O AMOR NOS FAZ
MULTIPLICAR O EXTREMO NECESSÁRIO AO NOSSO VIVER. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
29º DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A): “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,15-21).
Se quisermos viver
numa sociedade sempre mais organizada e disposta a por em prática o desejo pelo
bem comum, precisamos compreender que somos de Deus. É Ele o primeiro a nos
impulsionar para vivermos de maneira sólida e construtiva. Mas, para que isto
aconteça, PRECISAMOS DE MAIS DISCERNIMENTO ENTRE AS COISAS DE DEUS E AQUELAS
QUE NÃO NOS ENCAMINHAM AO SEU AMOR. O evangelho de hoje nos aponta novamente os
fariseus tramando contra Jesus. Queriam saber d’Ele qual seria o seu pensamento
sobre o aspecto político e social da época. Perguntaram-lhe o que Ele achava da
moeda trazer consigo a imagem de César, o imperador romano. SE JESUS
DEMONSTRASSE SER CONTRÁRIO, FALARIAM QUE ELE ERA PERIGOSO PERANTE O POVO. MAS
SE FOSSE A FAVOR, ESTARIAM LHE CONDENANDO PERANTE AQUELES QUE VIAM NELE UM
HOMEM DIFERENTE. Sem entrar em nenhuma querela política, Jesus manteve a sua
opção de preservar a vida como dom de Deus. O ROSTO DO IMPERADOR ESTAMPADO NUMA
MOEDA SERVIA SIMPLESMENTE PARA USURPAR AS PESSOAS, FORÇANDO-AS A RECONHECEREM
N’ELE UM SER QUASE QUE DIVINO. Isto Jesus sabia muito bem e jamais poderia
compactuar com tal comportamento. Jesus veio para libertar o ser humano por
inteiro. Livrá-lo de qualquer situação que o impedisse de se sentir plenamente
realizado com os demais que aspiram o mesmo. DAR A DEUS O QUE É DE DEUS É
DEVOLVER AO NOSSO CRIADOR E SENHOR A CAPACIDADE DE NOS FAZER FELIZES A PARTIR
DO SEU IMENSO E INFINITO AMOR. Sem Deus, conforme hoje o evangelho nos ensina,
somos limitados e não valemos um só vintém. Acreditemos que Deus pode nos
surpreender com as suas escolhas, desde que saibamos fazer a certa opção de
tê-lo conosco (1ª leitura – Is 45,1.4-6). Façamos uma revisão das nossas
ações, a fim de podermos realizar escolhas sempre mais acertadas (2ª leitura
– 1Ts1,1-5). Que a decisão de confiar a Deus o nosso proceder, sirva-nos
como garantia para devolvermos, por meio do nosso amor, tudo aquilo que nos
torna mais confiantes da sua graça entre nós. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
Assinar:
Postagens (Atom)