Em toda a nossa caminhada de cristãos, sempre se faz necessário
uma busca perene da oração. Somos convidados a desenvolver uma profunda mística
que nos ajude a encontrar forças para termos sempre uma postura digna de
verdadeiros missionários de Cristo.
O nosso corpo
humano depende de um constante cuidado. Uma saudável alimentação, boas
condições de higiene, exercícios físicos e outros garantirão a ele um
verdadeiro zelo. Da mesma forma é a nossa dimensão espiritual. Necessitamos de
algo que possa amenizar todas aquelas nossas inquietações que mexem com o nosso
ser. Para nós cristãos, a fonte que jamais se esgota é a Eucaristia. É o Jesus
Eucarístico que nos alimenta eternamente. (Jo 4, 14).
Um escritor de
nossa Igreja, muito famoso por aquilo que escreve, chamado Leonardo Boff, em um
de seus livros nos diz: “O ser humano é uma totalidade, ele não tem corpo e
alma, ele é corpo e alma”. E o apóstolo Paulo nos afirma: “Se um membro sofre,
todos os membros sofrem com ele... pois, somos muitos, mas formamos um só corpo.”
(1Cor 12, 12. 26). Portanto, a nossa fé deve ser uma fé consciente, verdadeira
e que possa levar também uma mensagem consistente para todos os nossos irmãos.
Jesus quis ser
comunhão, partilha, exemplo de unidade e fraternidade. E Ele nos convida a fazer
o mesmo. Todos os dias na Santa Missa encontramos a redenção dos nossos
pecados, somos convocados a exercer uma vida nova.
Com todas estas
colocações, podemos encontrar alguns questionamentos, como este: Como a missa
pode me ajudar a encontrar um novo rumo para a minha vida, se tudo a minha
volta é só miséria e desilusão? É, na verdade todo cristão encontra à sua
frente inúmeros desafios. Hoje, a nossa sociedade atravessa inúmeros conflitos.
Vivemos num verdadeiro poço profundo, ou porque não dizer num grande e obscuro
abismo.
Encontramos muitas
pessoas que vivem totalmente desacreditadas com a possibilidade de uma vida
melhor. E como poderemos chegar a estas pessoas e convidá-las para participar
da missa? Muitas delas, às vezes não suportam nem ouvir o nome Igreja, padre,
pastoral etc. Mas a culpa não é delas, mas nossa. A fraqueza destas pessoas
parte de nós.
Não posso somente
dizer que a missa é a solução de tudo, ou então dizer: procure a Eucaristia e a
mudança logo virá. Meus irmãos: para quem vive num profundo desespero, falar de
Deus, às vezes, se torna “balela”. Por favor, não queiram me interpretar mal. O
que quero dizer é que não basta apenas dar o peixe, pois o peixe logo acabará.
Devemos ser cristãos “24 horas”, isto é, devemos ensinar a pescar.
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