“A alegria é a vida reencontrada quando se aceitou perdê-la”

Com esta bela afirmação de Michel Quoist, sacerdote, escritor e poeta francês, falecido no ano de 1997, começo a minha reflexão deste dia.

       Muitas vezes associamos a nossa vida a sentimentos que contradizem os nossos anseios. Situações que nos questionam... pensamentos que nos inquietam.

       Há momentos que não conseguimos encontrar uma resposta condizente com as atitudes que temos tomado nos últimos tempos. Todavia, paulatinamente vamos percebendo que o tempo é a melhor forma para encontrar a saída para aquilo que vem tirando um pouco da nossa paz.

       Faz-se necessário “perder” tempo, a fim de amadurecermos verdadeiramente, conquistando o equilíbrio tão almejado à nossa volta. E quando isto se torna uma realidade, quando conseguimos atingir a maturidade que o nosso coração tanto buscou, constatamos que os momentos de infelicidade e de angústias que outrora sentimos, serviram para nos fazer alcançar a resposta que tanto desejamos um dia poder encontrar.

       “Perdemos” algumas vezes para que posteriormente possamos aceitar que foi preciso assumir tais sentimentos de perda. Isto nem sempre é compreensível, mas nos causará um bem enorme.   

       A vida nos exige a experiência da renúncia. Se quisermos uma vida de constantes aprendizados, devemos aprender também a perder. Renunciar o que poderíamos viver, sem jamais deixar de sermos o que faz parte de nossa essência.

       Reencontremo-nos diante das alegrias de nossa vida que nos é dada por Deus, a fim de ganharmos tudo aquilo que um dia julgamos ter perdido, pois “a alegria é a vida reencontrada quando se aceitou perdê-la”.