Para aqueles que se encantaram com a história lida por mim na celebração do dia 13, na Capela do Socorro, deixo um post com a referida mensagem.
O Rouxinol e a Rosa
Um rouxinol vivia no jardim de uma casa. Todas as
manhãs, uma janela se abria e um jovem comia seu pão, enquanto olhava a beleza
do jardim. Caíam sempre farelos de pão no parapeito da janela. O rouxinol
comia os farelos, acreditando que o jovem os deixava de propósito para ele. Assim,
criou um grande afeto por aquele que se preocupava em alimentá-lo ainda que com
migalhas.
Um dia, o jovem apaixonou-se. Mas, ao
declarar-se, a sua amada impôs uma condição para retribuir o seu
amor: que na manhã seguinte ele lhe trouxesse a mais linda rosa vermelha. O
jovem percorreu todas as floriculturas da cidade, mas sua busca foi em vão.
Nenhuma rosa... Muito menos vermelha.
Triste, desolado, ele foi pedir ajuda ao jardineiro
de sua casa.
O jardineiro declarou que ele poderia presenteá-la com petúnias, violetas, cravos. Qualquer flor, menos rosas. Elas estavam fora de época; era impossível consegui-las naquela estação.
O jardineiro declarou que ele poderia presenteá-la com petúnias, violetas, cravos. Qualquer flor, menos rosas. Elas estavam fora de época; era impossível consegui-las naquela estação.
O rouxinol, que escutara a conversa, ficou
penalizado com a desolação do jovem. Teria que fazer algo para ajudar o
amigo a conseguir a flor. A ave então procurou o Deus dos Pássaros, que falou:
- Tu podes conseguir uma rosa vermelha para
o teu amigo. Mas o sacrifício é grande e poderá custar-te a vida!
- Não importa, respondeu a ave. O que devo fazer? É
para a felicidade de um amigo!
- Bem, tu terás que te emaranhar em uma
roseira, e ali cantar a noite toda, sem parar.
O esforço é muito grande; o teu peito
pode não aguentar. Quando escureceu, o rouxinol emaranhou-se no
meio de uma roseira que ficava em frente à janela do jovem.
Ali, pôs-se a cantar seu canto mais alegre, pois
precisava caprichar na formação da flor.
Um grande espinho começou a entrar no peito do
rouxinol, e quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava no seu peito.
Mas o rouxinol não parou.
Continuou seu canto, pela felicidade de um amigo.
Um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, até mesmo da própria vida!
Um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, até mesmo da própria vida!
Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem
deteve-se diante da mais linda rosa vermelha, formada pelo sangue do rouxinol.
Nem questionou o milagre, apenas colheu a rosa.
Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar,
foi enfiar-se justamente em meio a roseira que tem espinhos.
Pelo menos agora dormirei melhor, sem ter que
escutar o seu canto chato.
É muito triste, mas infelizmente. Cada um dá o
que tem no coração. Cada um recebe com o coração que tem.
Um comentário:
ESSA MENSAGEM É UM BELO TESTEMUNHO DE AMOR...AMOR GRATUITO, LIVRE DE QUALQUER APEGO INSIGNIFICANTE.
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