sábado, 12 de outubro de 2013

Sejamos também agradecidos



     
    O verbo é AGRADECER. Esta palavra vem de "grato", do Latim: "gratus", que quer dizer "agradecido", como também significa "agradável". Uma palavra apenas, mas de um sentido muito forte. No mundo de hoje, parece-nos faltar o exercício constante do que esta palavra representa. Ser grato, verdeiramente agradecido, parece não estar mais "na moda".
Os bons modos já nos ensinam que sempre devemos dizer “obrigado” quando algo é feito a nosso favor. Se quisermos manter as nossas relações com integridade e respeito, sejamos sempre agradecidos. O jeito simples e sábio do nosso povo já diz: “ingratidão tira a afeição”. Isto é mesmo uma grande verdade!
O maravilhoso apóstolo e missionário Paulo, o nosso São Paulo, quando escreveu à comunidade dos Colossenses, já havia dito: “Suportem-se uns aos outros e se perdoem mutuamente (...) vistam-se com o amor, que é o laço da perfeição. (...) Sejam também agradecidos” (Col 3,13-15). A ideia é boa, sobretudo quando se é entendida e assumida no nosso cotidiano.
     Trago à tona tal reflexão, a fim de que possamos incutir em nós a mensagem tão bela e cheia de sentidos que a liturgia deste 28º domingo do tempo comum nos apresenta.
       Lucas nos relata um episódio extremamente interessante, mas também desconcertante. Jesus, nosso Senhor, caminhando rumo a Jerusalém, se depara com dez homens doentes. Eram todos leprosos no corpo, mas também sofridos diante de uma sociedade leprosa, ou seja, doente e incapaz de manifestar apoio e solidariedade a quem de fato necessita. Relata o santo evangelho, que, após o contato com Jesus caminhando também para Jerusalém,estes homens são atingidos pela cura.
A lepra não mais fazia parte de suas vidas. A partir daí, evidencia-se a lacuna existente na vida daqueles homens agraciados com a resposta de amor de Jesus para com eles.
Lucas afirma que apenas um doente foi capaz de voltar a encontrar Jesus para lhe ser agradecido por tão grande dádiva: a cura da lepra. Jesus se interrogou: “não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus” (Lc 17,17-18). Como é percebível, gratidão é mesmo algo exigente!
Contudo, caros irmãos, diferente de muitos de nós, Jesus continua esbanjando o seu amor sem esperar nada em troca, pois, como ouvimos no evangelho de domingo passado, temos que assumir a postura de “servos inúteis”. Afinal, fazemos o temos que fazer, e pronto! (Lc 17, 10).
       Que as palavras do santo evangelho, a nós dirigidas neste final de semana, mantenham-nos em estado constante de alerta e vigilância. Ser grato não é apenas uma questão de bons modos. Sejamos impelidos a agradecer SEMPRE. Pois a nossa vida, toda ela, já é um grande presente, um primoroso dom que Deus nos deu. O que nos resta? Agradecermos e fazermos por onde a nossa convivência, em meio às nossas relações diárias, seja sempre uma resposta de amor e gratidão a Deus. Se formos gratos, mesmo doentes, estaremos afirmando uma atitude mais do que saudável em nós. Caso contrário, a doença do egoísmo e da ingratidão nos prejudicará muito mais! 
        Se for preciso voltar, voltemos! Mas não cansemos de agradecer, a fim de que possamos colher um “obrigado” dos que se apresentarem a nós nesta vida! Deus os abençoe e MUITO OBRIGADO pela leitura destas palavras que ora apresento!

Um comentário:

Anônimo disse...

suas palavras sempre ajudam a refletir a buscar respostas...
obrigada por suas palavras sempre tão precisas.
NOSSA SENHORA APARECIDA O ABENÇOE E ACOMPANHE SEMPRE.