sexta-feira, 17 de abril de 2015

Homilia para esta Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa (Ano B)

Eis o relato da multiplicação dos pães e dos peixes (Jo 6,1-15). Acolhamos o chamado “discurso de Jesus, o pão da vida”. À luz da catequese de João, deparamo-nos com um forte discurso acerca do sacramento da Eucaristia. Jesus é o PÃO DA VIDA que sacia as multidões. Diante de uma necessidade comunitária, Jesus se sensibiliza. Quer resolver. E resolve mesmo. Contudo, a resolução não se dá de forma assistencialista como muitos de nós às vezes acredita. Quando não entendido, assistencialismo deturpa o compromisso que se deve ter com a fé. Somos cristãos. Ser cristão é se deparar com a necessidade do outro e fazer algo de consistente e eficaz. Na solidariedade e na partilha, a eucaristia encontra espaço em nossa vida. Queridos, não duvidemos: É A PARTIR DA NECESSIDADE DO PÃO MATERIAL QUE O FILHO DE DEUS CRIOU A NECESSIDADE DO PÃO PARA A VIDA ETERNA. Ao sermos sustentados pela providência de Deus, as consequências são sempre renovadoras. O que é de Deus, o mundo não consegue arrancar. O exemplo do fariseu Gamaliel na primeira leitura de hoje (At 5, 34-42) é muito válido. Observando as contrariedades daqueles que teimavam em dar algum jeito nos discípulos de Jesus ressuscitado, inspirado pelo Espírito Santo, Gamaliel profetizou: “se este projeto ou esta atividade é de origem humana será destruído. Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. CUIDADO PARA NÃO VOS PORDES EM LUTA CONTRA DEUS!”. Que Jesus, o pão da vida, alimente a nossa esperança, a fim de que jamais nos falte o discernimento para prosseguirmos sempre confirmando as promessas de Deus entre nós. Que os cinco pães e os dois peixes presentes neste evangelho, sejam multiplicados no cotidiano de nossas vidas.

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