sexta-feira, 15 de maio de 2015

Sábado da 6ª Semana da Páscoa (Ano B): “Se pedirem ao Pai em meu nome, ele dará a vocês” (Jo 16,23-28).

Muitas vezes em nossas relações com as pessoas, somos recomendados a falar com alguém importante através da indicação e do conhecimento de uma pessoa próxima ou mesmo de um amigo. “Pode falar com fulano em meu nome...”. E assim somos tratados bem, e até com certa intimidade pela outra pessoa, em consideração ao amigo que nos recomendou. A mesma coisa acontece na nossa relação para com Deus. Sem vermos ou ouvirmos diretamente, Deus se deixou conhecer através de seu Filho Jesus. Deus que era alguém tão longe, como constatamos no antigo testamento que apenas ouviam a sua mensagem. Por isso os patriarcas e profetas não eram nada mais do que porta-voz e mensageiros de Deus. A partir de Jesus, Deus tornou-se nosso amigo íntimo e companheiro de caminhada. Em nossas orações a Deus, é preciso pedir em nome de Jesus. Em nossas missas isto é muito claro e fácil de perceber quando o padre reza sempre dizendo: “por Cristo, nosso Senhor” e ainda no grande ofertório: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo...”. Jesus é o único e verdadeiro mediador entre Deus e a humanidade inteira. Em Jesus, não fomos apenas recomendados, mas fomos salvos e libertos. Jesus nos credenciou de novo a entrarmos em comunhão com o Pai. Foi Ele quem nos ensinou a chamar Deus de Pai. Foi Jesus que revelou a nós a paternidade de Deus. A oração só pode ser em nome de Jesus, porque o ser humano, apenas com os seus recursos, jamais iria conseguir se reaproximar de Deus. E quando falamos ao Pai em nome de Jesus, o Pai imediatamente nos reconhece, porque quem conheceu Jesus e o experimentou em sua vida, conheceu o Pai e o experimentou. Ainda tomando o exemplo com que iniciamos a reflexão, muitas vezes a pessoa importante até nos atende por causa do nosso amigo, mas não vai além disso. Faz-nos o favor pedido e depois saímos de sua presença. Muitas vezes essa pessoa importante vai comentar com alguém: “só atendi essa pessoa em consideração a fulano”. Não é o caso aqui do evangelho de hoje, que nos faz ter a certeza de que falamos com Deus em nome de Jesus. O Pai nos acolhe com imenso amor, nos cerca de toda sua ternura e bondade, e nos acolhe como seus por causa do seu Filho Jesus. Queridos, ao lado do Pai está Aquele que tornou-se o nosso Intercessor para Sempre. Podemos dizer e até imaginar que, Deus Pai, ao acolher nossas orações, em nome de Jesus, olha com carinho e amor para o Filho ao seu lado e este, com um leve sorriso acena com amor. Que seja este sentimento a fortalecer a nossa espiritualidade e a nossa fé, amém!

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