Somos hoje convidados a olhar para o exemplo apostolar
e missionário de São Barnabé. No evangelho, Jesus instrui os discípulos.
Oferece-lhes as orientações necessárias para darem conta da missão. Em meio às
orientações do mestre, uma deve ressoar bem forte em nós: “DE GRAÇA VOCÊS
RECEBERAM. LEMBREM-SE DISSO, A FIM DE QUE GRATUITAMENTE, GENEROSAMENTE VOCÊS
POSSAM REPASSAR AOS IRMÃOS”. Foi o que fez Barnabé. Um homem culto para o seu
tempo. Amigo de São Paulo. Foi também discípulo de Gamaliel. Um homem versado
na palavra de Deus e na lei como um todo. Mas sentiu que algo lhe faltava. Algo
que dinheiro ou o saber do mundo poderiam pagar ou suprir. O amor que Jesus
oferece à comunidade cristã estava desabrochando em seu coração. E Barnabé fez
a experiência deste amor (1ª leitura – At 11,21-26;13,1-3). O acolheu de graça
e na graça. Por isso tinha a obrigação de oferecê-lo despojadamente. O nome
BARNABÉ, conforme a tradição bíblica, significa “o filho da consolação”.
Barnabé soube ser consolado para poder consolar os irmãos na missão. Era um
homem virtuoso. Tinha seus defeitos. E quem não os tem? A este respeito, dando
continuidade a leitura dos Atos dos Apóstolos e também com algumas das cartas
de seu amigo Paulo, observamos que os dois viviam tão próximos que algumas
diferenças foram sendo evidenciadas no relacionamento de ambos. Assim somos nós
também. Viver em comunidade não é algo fácil. Mas, mesmo assim, Deus nos quer
em comunidade. Deus nos quer como família. Na missão cotidiana, no compromisso
de irmos ao encontro dos outros, certamente estaremos desempenhando
bondosamente a vontade de Deus em nós. Não levemos nada que possa entravar a
nossa missão. Levemos no coração a vontade de fazer a coisa certa, como fez São
Barnabé, a fim de que o resultado de nosso agir sirva para honra e glória do
nosso Deus, amém! Abraços do Padre Aureliano Gondim.

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