segunda-feira, 15 de junho de 2015
Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum (ANO ÍMPAR/B): “Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem” (Mt 5,43-48).
Proposta
difícil e desconcertante essa que Jesus nos apresenta. Amar os inimigos? Quem
já viu algo assim? De acordo com a lógica, dispenso amor àqueles que deposito
afeto, que quero bem. Amo os que não encontro dúvidas de que também me amam. A
dinâmica do amor cristão segue outra via. Amar aqueles que nos perseguem,
apresentar atenção àqueles que nos fazem algum tipo de mal quer dizer estar
movido de compaixão, com o ímpeto de vê-los desapegados de qualquer sentimento
mesquinho, que traz dano à saúde do corpo e da alma. Ao compreender o amor da
forma excessiva, banal e vulgar que a mídia, sobretudo, oferece-nos, então
terei uma imensa dificuldade de amar os que me fazem mal. Mas Jesus não nos
pede um amor de novela. Jesus nos proporciona o real entendimento acerca do
amor. Amar é respeitar, acolher, ser solidário, sensibilizar-se... amar é
reconhecer a fraqueza do outro, ao ponto de ser grande o suficiente para que o
menor sinta-se maior e queira mudar de vida. AMAR É SER PONTE, ELO E CANAL DE
CONVERSÃO PARA AQUELE QUE PERDE TEMPO ODIANDO, AO INVÉS DE AMAR TAMBÉM. O amor
cristão é incondicional. Quando Jesus pede que amemos os nossos inimigos, Ele
espera que nós possamos fazer a diferença. Amar não é sinônimo de gostar, mas
de rezar pelo outro, respeitar e não ser indiferente. É na indiferença que mora
o pecado. Refletir sobre o amor dispensado aos que não querem ao menos ouvir o
nosso nome é uma atitude corajosa e eficaz para nós que dizemos ser cristãos. São
Paulo, partilhando sua experiência de amor e missão na comunidade de Corinto, deixa-nos
um forte exemplo. (1ª leitura – 2Cor 8,1-9). Ele diz que devemos procurar ser
abundantes na generosidade, como é o próprio Jesus. Generosidade acontece
também quando relevamos as ofensas que recebemos e aprendemos a rezar por
aqueles que nos querem mal. Isso é também CARIDADE. Não é a quantidade de
missa, de terço, ou novenas que nos levarão ao céu, mas toda atitude, por menor
que seja, que evidencie a presença do amor cristão no nosso coração.
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