O
filósofo Sócrates, muito antes de Jesus ter nascido, já exortava o povo à
promoção de seu autoconhecimento. “CONHECE-TE A TI MESMO!”, é o que ele dizia.
É uma experiência difícil e provocadora. O SER HUMANO TEM UMA DIFICULDADE
IMENSA DE SE CONFRONTAR E SE DEPARAR COM O SEU PRÓPRIO EU. Com medo de seus
limites e talvez com vergonha de suas misérias e contra-valores, o ser humano
não “VÊ COM BONS OLHOS” a ideia de olhar para dentro de si. Todavia é feliz
aquele que consegue superar tais medos e fazer esta viagem que não é apenas
psicológica, mas também espiritual, educativa, humana e formativa. PARA TIRAR A
TRAVE QUE JESUS FAZ REFERÊNCIA, É PRECISO SABER MINUNCIOSAMENTE ONDE A MESMA SE
ENCONTRA. O ato de fechar os olhos ajudará bastante. E este ato, antes de ser
algo meramente fisiológico, quer ser um ato EXISTENCIAL. Fechamos os olhos para
voltarmos a nossa atenção ao nosso “EU INTERIOR”. É uma experiência de
INTROSPECÇÃO. Diante do mundo que está à nossa volta, somos instigados a manter
os nossos olhos bem abertos para não somente apreciarmos o que vislumbramos,
mas também emitirmos o nosso julgamento acerca das coisas e das pessoas que nos
circundam. Isto é errado e grave, aponta-nos Jesus. Quando nos falta o
autoconhecimento da vida, não poderemos jamais emitir um julgamento verdadeiro
e isento de qualquer parcialidade. Imparcial mesmo, SOMENTE DEUS. Depois de
feita a viagem para o “MEU EU”, após realizar o tão necessário autoconhecimento
de maneira transparente e autêntica, Deus nos convida a SAIRMOS DE NÓS MESMOS
PARA PODERMOS NOS DIRECIONAR AO NOVO QUE ELE DESCORTINA À NOSSA FRENTE (1ª
leitura – Gn 12,1-9). Reconhecendo as nossas fragilidades, poderemos ter um
diagnóstico sobre nós mesmos. Assim poderemos pisar com mais firmeza no chão da
nossa vida que é também o chão dos nossos irmãos. É assim que Deus quer que nos
relacionemos com todos.
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