sexta-feira, 3 de julho de 2015

Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum (ANO ÍMPAR): “Tira a trave do teu olho...” (Mt 7,1-5).

O filósofo Sócrates, muito antes de Jesus ter nascido, já exortava o povo à promoção de seu autoconhecimento. “CONHECE-TE A TI MESMO!”, é o que ele dizia. É uma experiência difícil e provocadora. O SER HUMANO TEM UMA DIFICULDADE IMENSA DE SE CONFRONTAR E SE DEPARAR COM O SEU PRÓPRIO EU. Com medo de seus limites e talvez com vergonha de suas misérias e contra-valores, o ser humano não “VÊ COM BONS OLHOS” a ideia de olhar para dentro de si. Todavia é feliz aquele que consegue superar tais medos e fazer esta viagem que não é apenas psicológica, mas também espiritual, educativa, humana e formativa. PARA TIRAR A TRAVE QUE JESUS FAZ REFERÊNCIA, É PRECISO SABER MINUNCIOSAMENTE ONDE A MESMA SE ENCONTRA. O ato de fechar os olhos ajudará bastante. E este ato, antes de ser algo meramente fisiológico, quer ser um ato EXISTENCIAL. Fechamos os olhos para voltarmos a nossa atenção ao nosso “EU INTERIOR”. É uma experiência de INTROSPECÇÃO. Diante do mundo que está à nossa volta, somos instigados a manter os nossos olhos bem abertos para não somente apreciarmos o que vislumbramos, mas também emitirmos o nosso julgamento acerca das coisas e das pessoas que nos circundam. Isto é errado e grave, aponta-nos Jesus. Quando nos falta o autoconhecimento da vida, não poderemos jamais emitir um julgamento verdadeiro e isento de qualquer parcialidade. Imparcial mesmo, SOMENTE DEUS. Depois de feita a viagem para o “MEU EU”, após realizar o tão necessário autoconhecimento de maneira transparente e autêntica, Deus nos convida a SAIRMOS DE NÓS MESMOS PARA PODERMOS NOS DIRECIONAR AO NOVO QUE ELE DESCORTINA À NOSSA FRENTE (1ª leitura – Gn 12,1-9). Reconhecendo as nossas fragilidades, poderemos ter um diagnóstico sobre nós mesmos. Assim poderemos pisar com mais firmeza no chão da nossa vida que é também o chão dos nossos irmãos. É assim que Deus quer que nos relacionemos com todos.

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