Nosso coração humano e
abobalhado com situações vãs, prende-se a ocasiões que não acrescentam ou não
nos fazem bem. Os discípulos de Jesus buscavam uma hierarquia de valores, a fim
de legitimar as suas participações na proposta missionária de Jesus. Foram
tolos e mesquinhos. Todavia, este comportamento não está distante de nós. Esta postura
do grupo dos doze não ficou no passado. Infelizmente, muitas vezes, nossas
limitações humanas nos fazem agir da mesma forma. Às vezes, queremos driblar
pessoas que porventura seriam ameaças. Contudo, Jesus, que é providente, quer
que sejamos PREVIDENTES. Por isso chama a atenção dos discípulos para o
essencial. Manda olhar para as crianças. Olhar para os pequeninos é manter a
nossa vida sempre atenta ao necessário. É encontrar as condições vantajosas
para seguirmos Jesus e o seu projeto de amor. DISPENSEMOS ESSA HISTÓRIA DE
STATUS E SUCESSOS PESSOAIS. A LÓGICA DE DEUS É OUTRA. O SEU AMOR NOS FAZ
ATINGIR A MAIORIDADE E A MATURIDADE QUE CONTAM, OLHANDO PARA OS PEQUENOS E OS SERVINDO
SEMPRE COM AMOR E POR AMOR. Querendo ser os tais, como quiseram os discípulos,
estaremos paulatinamente fadados ao fracasso. Acolhendo, aprendendo e nos
colocando no lugar e à disposição dos outros, estaremos sendo realmente GRANDES
aos olhos de Deus. Nossa atenção e o nosso coração devem estar voltados ao TODO
DE NOSSAS VIDAS. Jesus alertou seus discípulos para isso. Zacarias fez o mesmo
perante o povo exilado e sofrido de Jerusalém (1ª leitura – Zc 8,1-8). Talvez estejamos
também a sofrer. No entanto, quando olhamos para os que sofrem mais do que nós,
conseguimos canalizar nossas dores, rumo às alegrias que Deus tem para todos. O
povo exilado era convidado a ter esperança. Ir ao encontro de uma NOVA
JERUSALÉM. Refazer a cidade de suas vidas, a fim de viverem na CIVILIZAÇÃO do
amor que Deus constrói a todos. Queiramos fazer parte desta civilização! Indo
ao encontro dos menores deste mundo, acolheremos o que é indispensável para
abraçarmos a lei do amor que nos transmite harmonia e equilíbrio.
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