quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Sexta-feira da 28ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia” (Lc 12,1-7).

Que o fermento é uma substância que, unida à farinha faz a mesma crescer e tornar-se uma massa agradável ao paladar, disto ninguém duvida. Mas chama a nossa atenção a forma pejorativa que Jesus fala do fermento no evangelho de hoje. Em outras ocasiões, Ele costuma mencionar o fermento como uma coisa boa. Cita até que devemos nos comparar ao fermento que faz a massa crescer. Todavia, aqui Ele faz referência à hipocrisia que habitava no coração dos fariseus. O evangelho de hoje é a continuação do evangelho que estamos ouvindo nestes dias. Após ter participado do banquete na casa de um fariseu e de ter provocado o mesmo à conversão de sua vida, Jesus se dirige ao povo, insistindo para que o mesmo tivesse cuidado com a forma leviana e traiçoeira de agir dos fariseus. O FERMENTO, QUANDO É BOM E UTILIZADO SOB MEDIDA, FAZ CRESCER, MAS QUANDO VAI ALÉM, INCHA E TIRA O SABOR. A hipocrisia que predominava no âmbito cultural e religioso entre os entendidos daquela época era o mal que corrompia por dentro. Volto a lembrar do outro episódio do evangelho. JESUS QUER QUE NÓS SEJAMOS UM FERMENTO BOM PARA QUE A MASSA SE TORNE BOA. Será se estamos sendo o fermento que ajuda a comunidade a crescer, a se sentir valorizada, a perceber em nós a presença de Deus, ou estamos repetindo as bobagens e a mesquinhez dos fariseus? Será se estamos ajudando o evangelho a encontrar espaço, como destaque verdadeiro em nossas famílias e comunidades, ou estamos inchados e inchando o nosso povo? A massa, crescendo qualitativamente ou inchada pode esconder ou burlar a presença do fermento. Mas Jesus também hoje diz que Deus tudo sabe, inclusive a quantidade dos nossos cabelos. NÃO TENHAMOS RECEIO DE DENUNCIAR AS SITUAÇÕES ABOMINÁVEIS QUE SUFOCAM A PRESENÇA DO EVANGELHO EM NÓS. Jesus nos previne. Confiemos n’Ele, assim como Abraão acreditou em Deus (1ª leitura – Rm 4,1-8). Se meros pardais não são esquecidos, muito mais nós que encontramos uma resposta incondicional do amor que sempre nos chega do alto. Abraços do Padre Aureliano.

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