UM CORAÇÃO QUE SÓ ENXERGA MALDADES PERDE TEMPO
COM DETALHES, ESQUECENDO-SE DO ESSENCIAL. Um convite para um banquete foi o
necessário para atribuir mais críticas e mais preconceitos às atitudes de
Jesus. Atrelados a situações pequenas acerca do cumprimento da lei, perdiam-se
nos detalhes, ocupavam-se com os pormenores e, inutilmente, deixavam a graça
passar. Apegar-se aos detalhes, ao exercício meramente ritual, ofendia e
distorcia o sentindo destinado ao encontro que deveria ser de congratulação e
de promoção à fraternidade, quando todos se sentam em torno de uma mesa. O fato
de não lavar as mãos antes de sentar-se à mesa fez com que Jesus chamasse
aquele povo de INSENSATO. Muitos lavam as mãos, enquanto a mente e o coração
estão sujos por conta da falta de amor, do exercício da prepotência e da
ausência da caridade. Podemos muitas vezes cair na mesma insensatez. Lavar as
mãos e todo o corpo, quando o interior encontra-se numa falha ainda pior. De
que adianta estarmos todos limpos, quando nos desviamos da real atenção, enxergando
as sujeiras que nada mais são do que uma frieza ou distanciamento do coração ao
Coração de Deus? Jesus não se intimidou por estar na casa daquele que o acusava.
Faz-me lembrar do ditado popular que diz: “quem fala o que quer, escuta o que
não quer”. O fariseu falou criticando. Foi indelicado com a visita que tinha em
sua casa. Mas Jesus não se intimidou. Profeticamente, fez com que aquele
fariseu percebesse como deveria aplicar a lei de forma autêntica e verdadeira.
Trazendo esta mensagem para os nossos dias, Jesus quer que nós o imitemos.
Saibamos viver a lei, mas sempre numa postura de acolhida e de abertura para o
outro. É a solidariedade e o serviço que nos fazem puros. Este é o essencial que
o evangelho nos ensina. Não nos envergonhemos de fazer o que é certo (1ª leitura – Rm 1,16-25). E assim Deus não se
envergonhará de sentar à mesa que se encontra em nossos corações.
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