1º Domingo do Advento (Ano C): “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis” (Lc 21,25-28.34-36).

Começamos mais um ano litúrgico. Mais um tempo que Deus nos oferece para prosseguirmos com o itinerário de nossas vidas. Esta nova experiência assume o caráter de expectativa. A esperança de vivermos sempre voltados à graça de Deus que se traduz no projeto de vida que assumimos com amor e fé. Iniciamos o ano litúrgico com o tempo do Advento, preparando-nos para o grande acontecimento da história: O NASCIMENTO DE JESUS, VERBO ETERNO DE DEUS. Nas celebrações durante o tempo do Advento, num primeiro momento, a nossa Igreja nos possibilita a reflexão acerca da segunda vinda de Jesus, pois É NECESSÁRIO ESTARMOS SEMPRE VIGILANTES. Nas duas últimas semanas que antecedem a celebração do Natal, voltamo-nos a expectativa da vinda gloriosa do Senhor, por meio do mistério de sua encarnação, no seio da Virgem Maria. Assim como Nossa Senhora, que soube esperar e confiar em Deus, exercitemos estes dias, numa espera e expectativa fiel e feliz, o dom de estarmos atentos e vigilantes para que, assim como nos alegramos em poder celebrar o dia em que Jesus veio a este mundo quando aqui se encarnou, possamos nos alegrar muito mais no tremendo e glorioso dia de seu retorno a este mundo. Promovendo a justiça como sustento para consolidarmos este bonito encontro de fé no meio de nós (1ª leitura – Jr 33,14-16), sirva-nos também a certeza de que Deus se importa tanto conosco que nos enviou o seu único Filho para habitar entre nós (2ª leitura – 1Ts 3,12-4,2). Que este cuidado e zelo sirvam sempre para que nunca duvidemos do grandioso amor de Deus para conosco. Preparemo-nos para juntos elevarmos a Deus a nossa mais genuína e verdadeira oração. Sirvamo-nos das diversas situações que engrandecem a nossa espiritualidade neste tempo mais que oportuno, por meio das celebrações, a realização da novena do Natal em família, entre outros momentos. O certo é não perdemos de vista a centralidade destes dias de advento, com o forte propósito de repetirmos as palavras que ecoam fortemente o anseio pela graça constante de Deus em nossas vidas: “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20).