No início do tempo santo do Natal, vivendo a
chamada oitava do Natal, isto é, a certeza de que o mistério da encarnação do
Filho de Deus é algo tão grande que para contemplarmos o seu infinito amor por
nós, um dia não seria suficiente, por isso dedicamos a celebração deste grande
e impressionante dia com o mesmo fervor e a mesma intensidade durante o período
de uma semana, assim temos OITO DIAS PARA CELEBRAR O GRANDE DIA DO NATAL. E no
início desta oitava de Natal, a Igreja nos oferece hoje o exemplo e o
testemunho de Santo Estêvão. Aquele que se tornou o primeiro mártir da Igreja.
Como bem nos narra o livro dos Atos dos Apóstolos, Estêvão foi um dos primeiros
diáconos da Igreja que estava começando a nascer (At 6,8-10;7,54-59). Teve a
graça de conviver com Jesus e com os seus apóstolos. E porque foi fiel a Jesus,
às suas palavras e à missão que recebeu com tão grande amor, Estêvão foi
condenado a morrer. Jesus na cruz perdoou aqueles que o condenaram e se
estregou à vontade de Deus. Estêvão fez o mesmo. Em tempos de tantas provações,
façamos o mesmo. Busquemos coragem para rezarmos por todos aqueles que não nos
compreendem e, assim, podermos prosseguir com a nossa vida, na certeza de que
dias melhores virão. Celebramos o martírio de Santo Estêvão não para falarmos
de sua morte cruel e injusta, mas para enaltecermos a grandeza de Deus que nos
ampara até mesmo diante da morte e nos faz acreditar que o céu nos espera. Foi
o que fez Jesus. Celebrando o Natal de Nosso Senhor, somos capazes de perceber
que Ele nasceu neste mundo para também assumir livremente a morte que lhe foi
apresentada. São estas coisas que devem tocar o nosso coração, ainda que não
morramos como morreu Estêvão, mas sempre será preciso nos mortificarmos um
pouco para continuarmos seguindo os passos de Jesus. O mistério do Natal também
nos revela estas coisas. Com Santo Estêvão, sigamos a nossa vida, ainda que
tristezas tomem conta do nosso coração. Afinal, é feliz quem espera em Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário