domingo, 27 de dezembro de 2015

Festa dos Santos Inocentes: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito!” (Mt 2,13-18).

Toda a vida de Jesus foi marcada por grandes desafios. Aquele que veio para transmitir a paz foi sempre alvo de divisão e de inveja. Jesus, recém-nascido, já incomodava os grandes e poderosos de seu tempo. Hoje celebramos a lembrança das criancinhas que doaram suas vidas, preservando a vida de Jesus. Herodes, sedento pelo poder, não era capaz de imaginar que um novo rei poderá tomar o seu lugar. Por isso, ao saber de Jesus, manda que o mate ainda pequenino, para que não houvesse nenhum tipo de ameaça ao seu governo. Feitas as devidas proporções, poderemos perceber que essa história continua a se repetir entre nós. Infelizmente, ainda existem muitos Herodes que matam para se livrarem de qualquer tipo de ameaça que comprometa a sua zona de conforto. E assim muitos indefesos pagam um preço altamente injusto com suas próprias vidas. É assim com o aborto, com aqueles que vivem em situação de escravidão e com tanto outros que não encontram meios para superar estas situações de medo e de injustiça. NESTA OITAVA DO NATAL, CELEBRANDO O DIA DOS SANTOS INOCENTES, PENSEMOS NESTAS COISAS, A FIM DE QUE A NOSSA CELEBRAÇÃO NÃO SEJA MERAMENTE DEVOCIONAL, MAS TAMBÉM SOCIAL. A família de Nazaré, preservando-se desta loucura desmedida, afugenta-se no Egito. Muitos são aqueles que são obrigados a deixar suas casas, suas famílias e suas terras para tentar a vida de outra maneira simplesmente porque os poderosos teimam em oprimi-los sempre mais. Quanto absurdo! São mais santos inocentes que estão por aí. Novas famílias de Nazaré que são obrigadas a recuar para que no momento oportuno possam encontrar a saída devida aos seus problemas. “Deus é luz, nele não há trevas”. (1ª leitura – 1Jo 1,5-2,2). Sintamos esta luz entre nós para que a santidade nos envolva com o desejo da justiça e da paz. Chega de tantas barbáries! Vistamos a camisa do amor e do respeito, para que a violência seja banida, ao invés de serem banidos tantos irmãos que vivem a mercê, sem direitos e sem perspectiva de vida. Celebrar o Natal também tem destas coisas!

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