Deus confunde os grandes deste mundo, a fim de
oferecer-lhes redenção e ânimo para que alcancem discernimento sobre suas
atitudes e possam mudar de vida. Nesta caminhada rumo ao Natal, atentos à
vontade de Deus, Jesus descreve no evangelho de hoje como deve ser a nossa
postura. Oferece-nos o exemplo de João Batista, destacando suas qualidades de
profeta. Fala dele como o maior entre os homens deste mundo, mas também como o
menor entre os eleitos dos céus. A dinâmica do amor de Deus muitas vezes nos
confunde. Confunde porque deseja sempre nos desinstalar. QUANDO ACREDITAMOS QUE
ESTÁ TUDO MUITO BEM, DEUS SE APRESENTA E EMBARALHA AS CARTAS DO JOGO DA VIDA, A
FIM DE CONTINUARMOS EXERCITANDO A NOSSA MENTE E O NOSSO CORAÇÃO. Este exercício
gera certa violência dentro de nós, como fala o próprio Jesus no evangelho. A violência
que se refere Jesus é aquela que fazemos quando vencemos os sentimentos
desregrados, os nossos medos, o comodismo que nos aprisiona e nos deixa alheios
à dor dos outros. Quem supera tudo isso, saberá entender que violência fala
Jesus hoje para nós. Nesta perspectiva, João Batista foi violento, pois não
aceitava as coisas de maneira tranquila. É tanto que sua cabeça foi parar numa
bandeja. João Batista viveu sua vocação no deserto e transformou aquele
ambiente seco e hostil num lugar especial para suprir a necessidade dos
sedentos de Deus. Em meio à secura e devastidão, as palavras provocadoras deste
profeta tornam-se alimento para os famintos de uma mensagem nova para o deleite
de seus dias. Nestes dias que antecedem o Natal, renunciemos uma vida de
inércia, para que possamos perceber que o deserto de nossas vidas, convida-nos
a entender que a mão de Deus transforma a nossa secura em fertilidade para nós
e para os outros (1ª leitura - Is 41,13-20). JESUS COMEÇOU SUA MISSÃO NO
DESERTO PARA PODER EM SEGUIDA, NOS OFERECER O PARAÍSO. Por isso que Deus
continua a confundir a lógica humana. E que, teimosos e persistentes, possamos vencer
os nossos medos para continuarmos pedindo: “vem, Senhor Jesus!”.
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