Quinta-feira da oitava do Natal: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus” (Jo 1,1-18).

Algumas horas nos separam de um novo tempo que chega através do ano de 2016. O evangelista João dá início ao seu evangelho realizando uma retrospectiva da história da obra de Deus. Dizendo que tudo teve seu início a partir da Palavra de Deus. Esta palavra que se fez carne e veio morar conosco. A PALAVRA QUE DÁ VIDA ASSUME ESTA MESMA VIDA PARA RESGATAR A NOSSA VIDA. Deus se importa tanto com os nossos dias que permitiu ao seu Filho deixar a eternidade para vir fazer história entre nós. Jesus assumiu a condição humana, e com ela todas as situações vulneráveis que condicionam o ser humano. Jesus nasceu criança e foi amadurecendo ao tempo em que os anos se passavam. Tudo isto para estar ainda mais presente na nossa vida, conhecendo todas as situações que permeiam a vida da humanidade. Ele é o nosso princípio e fim. O senhor da nossa história. Assim como São João fez um resgate de toda a história da criação, bem no início de seu evangelho, para poder ter mais força com as suas palavras ao falar da encarnação do Filho de Deus, façamos também o resgate de nossa história, se quisermos começar um novo ano contando sempre com a bênção de Deus e a presença de seu Filho Jesus em nós, reconhecendo-a também na vida daqueles que desejam amor, paz e felicidade em mais um ano novo. É triste perceber que existem milhares de pessoas que se apegam a superstições, para encontrar alento e alegria diante de um novo tempo que se descortina à frente de todos. Pular ondas, se equilibrar com o pé direito, usar roupas de diversas cores, etc. Soam como uma espécie de anticristo como aponta a primeira leitura (1ª leitura – 1Jo 2,18-21). Estamos na última hora como também fala São João. Ao invés de nos apegarmos a superstições (o que é até pecado), acolhamos a unção de um novo tempo, sempre em busca da verdade que nos promove e do amor de Deus que qualifica o transcorrer dos nossos dias.