Sexta-feira da 1ª Semana do Advento: “Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram d’Ele” (Mt 9,27-31).

A caminhada que estamos trilhando em direção ao tempo santo do Natal, é um convite para sairmos das trevas e, consequentemente, podermos alcançar a luz. Estamos num tempo propício para pensarmos na nossa vida, avaliarmos, ponderarmos bem as coisas que fizemos e assim podermos começar um tempo novo. A mística e a espiritualidade que nos são oferecidas com o Advento facilitam a nossa atenção, para realmente abandonarmos tudo o que foi treva e escuridão e assim podermos enxergar melhor, em meio à luz que sempre se coloca à nossa frente. Eis o motivo da COROA DO ADVENTO que aos pouquinhos vai acendendo as suas velas, ampliando a luz e diminuindo a escuridão que nos cerca. O evangelho de hoje nos faz perceber estas coisas. É impressionante a riqueza de detalhes contida nesta passagem bíblica. Dois cegos gritam à procura de Jesus. SERÁ SE TAMBÉM NÃO ESTAMOS GRITANDO, A PONTO DE PERDERMOS A NOÇÃO DAS COISAS À NOSSA VOLTA? A ESCURIDÃO ONDE NOS PUSERAM OS NOSSOS ERROS PODE FAVORECER CERTO DESCOMPASSO À NOSSA VIDA. Mas Deus nos devolve o ânimo, a partir do instante que fizermos a adesão pela luz que Ele emana sobre nós. Continuando com o evangelho, Jesus entrou numa casa e chamou os cegos para lhes devolver a vista. Outro detalhe bastante interessante. O CORAÇÃO DE DEUS É A NOSSA CASA. A Igreja também se faz morada para nos acolher e nos devolver a vista, dissipando as trevas que nos impedem de viver com mais qualidade. BUSQUEMOS A LUZ QUE NOS DEVOLVE A ALEGRIA DE VIVER. Não nos contentemos com as luzes que estamos acostumados a ver ornamentando shoppings, praças, o comércio e as árvores de Natal. O NATAL É O TEMPO DE ACOLHERMOS A LUZ DE DEUS QUE DESCEU DO CÉU PARA NOS ILUMINAR CÁ NA TERRA. Abramos os nossos olhos para vermos um belo e bonito jardim à nossa frente, como nos fala o profeta Isaías (Is 29,17-24). Enxergando com mais clareza, perceberemos um jardim de paz e tranquilidade que Deus nos apresenta todos os dias de nossas vidas.