E hoje concluímos o Natal. Por isso, olhamos
para o Batismo do Jesus. Prestes a iniciar a sua vida pública, a sua missão de
Filho de Deus, Jesus quis ser batizado por João Batista. Sabemos que Ele não
precisava de Batismo algum, uma vez que Ele é o próprio Deus. Contudo, quis
livremente solidarizar-se conosco, acolhendo o Batismo de João Batista. Impressiona-nos
os detalhes apontados por São Lucas ao narrar o momento do Batismo de Jesus. O
evangelista afirma que, no momento do Batismo do Filho de Deus, do céu surgiu
uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu benquerer”. Sabemos que
está voz é o próprio Deus Pai. Enquanto se ouvia a voz paterna de Deus, eis que
surge o Espírito Santo em forma de pomba. Estes elementos ressaltados por Lucas
nos fazem perceber a ação do nosso Deus Uno e Trino no momento do Batismo. JESUS,
AO SER BATIZADO, INAUGURA UM NOVO BATISMO. Não mais uma mera ocasião para
confirmar o desejo de conversão e de mudança daquele que é batizado. Mas, em
meio às águas do Batismo, Deus nos acolhe como filhos. EM JESUS, O FILHO POR
EXCELÊNCIA, DEUS NOS TORNA TAMBÉM SEUS FILHOS. Deus nos recebe como seus
eleitos. Põe sobre nós a presença do Espírito Santo. Assim é como entendemos a
partir das palavras do profeta Isaías (1ª leitura – Is 42,1-4.6-7). Ao
participarmos da santa missa neste dia do Batismo de Jesus, a Igreja nos
convida a renovarmos as promessas do nosso batismo. Mas não renovemos
unicamente por meio de palavras. Busquemos viver a graça santificante do nosso
Batismo. Não deixemos que esta celebração se perca em meio às lembranças do
tempo. Por isso ontem falei da importância de termos presente o dia em que
fomos batizados, para que a nossa vida seja um constante compromisso, como foi
a vida de Jesus, sobretudo após o seu Batismo. Deus espera que estejamos sempre
praticando o seu amor. E isto se dá a partir do nosso Batismo. Reflitamos hoje
sobre a beleza de sermos filhos de Deus (2ª leitura – At 10,34-48).
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