segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Segunda-feira depois da Epifania do Senhor: “O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz. E para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz” (Mt 4,12-17.23-25).

Não há nada melhor do que, depois de atravessarmos um momento de dificuldade, poder alcançar a saída dos nossos problemas. Uma ocasião nova que a vida nos oferece para fazermos tudo de outra forma. Superar um momento de tristeza e desalento, que muitas vezes inquieta até mesmo a nossa própria alma, é possível ser mesmo até comparado ao instante em que se recupera o fôlego, quando se está quase sendo sucumbido pelas águas que querem nos afogar. Estamos no início da semana da Epifania do Senhor. A manifestação da luz que põe fim a toda escuridão que nos impede de enxergar melhor, sobretudo com o coração. Como diz o próprio Jesus no evangelho deste dia, aos que viviam em meio à escuridão como objeto que denota sofrimento e até mesmo a morte, eis que a tão almeja luz chega e toca o coração de uma maneira bem diferente e especial. Quando se vive sempre na escuridão, sem jamais ter encontrado acesso à luz, acostuma-se e acomoda-se de uma forma mais tranquila. No entanto, UMA VEZ CONHECENDO A LUZ, NÃO SE É MAIS POSSÍVEL ACOSTUMAR-SE COM A ESCURIDÃO. A ausência da luz sufoca e muitas vezes também abala as nossas vidas. Ao celebrarmos a manifestação de Jesus como luz a todos nós, será se estamos preocupados em vivermos sempre aquecidos e alimentados por esta luz? Será se as nossas atitudes são indícios de uma vida sempre iluminada ou nos acostumamos a viver imbuídos por situações obscuras, que impedem de serem apresentadas as nossas ações que mais fazem mal do que qualquer outra coisa que se adeque à vontade de Deus? Estejamos preocupados e atentos a estas coisas como esteve São João ao escrever suas importantes orientações que ainda hoje são extremamente válidas, como nos é possível conferir num belo trecho de sua primeira carta (1ª leitura – 1Jo 3,22-4,6). Iluminados e iluminadores, na graça de Deus, queiramos ser sempre, a fim de que o ano que se inicia nos afaste de qualquer treva e sinal de morte.

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