A parábola nos narra um fato, infelizmente muito comum
entre nós. Pessoas desempregadas, ocupadas em não fazer nada. Culpa de um
sistema que oprime, exclui e seleciona com critérios muitas vezes desumanos.
Mas Deus faz a opção de acolhê-los. É triste ouvir alguém que sofre amargamente
ao ver a família se esvaindo pela falta de emprego e, consequentemente, pela
falta do básico para o sustento de seus membros. Contudo, feliz é aquele que
sabe fazer a sua parte, preparando-se, capacitando-se, organizando-se, a fim de
que Deus o instrua e o acolha sempre mais. A história do patrão à procura de
empregados em diversos momentos e horários do dia, impressiona-nos com os seus
detalhes. Os primeiros foram contratados ainda de madrugada. QUANDO SE FALTA O
ESSENCIAL DA VIDA, NÃO SE ENCONTRA NEM MESMO O SONO REPARADOR PARA O INÍCIO DE
UM NOVO DIA. O patrão na história simboliza o nosso Deus que envia o seu Filho
salvador para que não nos percamos em meio as ociosidades da vida. Por isso o
patrão contrata em diversas circunstâncias ao longo do dia. INDEPENDENTE DO
HORÁRIO, TODOS SOMOS OPERÁRIOS DA VINHA DO SENHOR. Como pessoas dignas e
disciplinadas, Deus vem para nos “contratar” mediante a forte cláusula do seu
amor. Sejamos recíprocos para que Deus nos confie sempre mais. A doçura
inabalável e inalterável do seu amor está exatamente na lealdade e na
fidelidade que dispensamos a Ele, ainda que, motivados pelo desespero humano,
sintamos o desejo de lhe faltar com o respeito e a gratidão. Como frutos da
videira maior, respondamos em sinal de prontidão com o nosso compromisso e
respeito para com as coisas de Deus. Deus é fiel. O patrão da história nos faz
observar quão misericordioso e compassivo é o nosso Deus para conosco. Saibamos
corresponder ao amor de Deus por nós. Não sejamos irresponsáveis com as coisas
sagradas, pois Deus não deixará de nos cobrar por aquilo que fazemos (1ª
leitura – Ez 34,1-11). E sendo solícitos e confiantes, no amor e na missão, observaremos
Deus nos confiando sempre mais.

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