Um
homem cheio de boas intenções se aproximou de Jesus. Perguntou o que era
necessário fazer para obter a vida em plenitude. Diz o evangelho que era um
homem extremamente rico. Talvez achasse que a vida eterna estivesse à venda.
Faz-nos lembrar algumas igrejas que prometem a salvação, desde que seus fiéis
se disponham em querer comprá-la. Ao contrário do que este homem achava, Jesus
o faz perceber que OBTER A VIDA EM PLENITUDE, AO INVÉS DE ACUMULAR É PRECISO
PERDER. Adquirir a verdadeira vida nos faz abrir mão de satisfações e
compensações a que estamos acostumados a encontrar. O HOMEM ERA RICO, MAS AS
COISAS DE DEUS NÃO TEM PREÇO. O tesouro prometido no céu é incompatível com
todos os tesouros oferecidos nesta vida. Sentiu-se frustrado com as coisas que
Jesus foi revelando ao seu coração. O peso de sua riqueza foi maior do que o
peso de sua consciência diante do pedido de Jesus. Muitas vezes, AINDA QUE NÃO
TENHAMOS GRANDES RIQUEZAS MATERIAIS E FINANCEIRAS, SOMOS TAMBÉM TENTADOS A
ACREDITAR QUE AQUILO QUE APETECE O NOSSO CORAÇÃO NESTE MUNDO, PODERÁ SE
RELACIONAR MUITO BEM COM O QUE ASPIRAMOS DIANTE DE DEUS. Jesus nos fala hoje
que não. Para obtermos a vida em Deus, devemos viver neste mundo sem jamais nos
apegarmos ao que está à nossa volta. Ao homem do evangelho, Jesus disse que seria
preciso ter uma vida desapegada. Na leitura de hoje, Deus exige do profeta Ezequiel
que ele não poderia nem mesmo chorar a morte de sua amada esposa (1ª leitura –
Ez 24,15-24). OS DESÍGNIOS DE DEUS SÃO PROVOCADORES E ÀS VEZES
DESCONCERTANTES. O povo já diz que Deus escreve certo por linhas tortas. O
profeta conseguiu atender a vontade de Deus. Soube suportar as suas dores,
apegando-se tão somente à vontade que lhe chegava do céu. Sabia que o Senhor é
o Deus da vida e não da morte. O rico, infelizmente preferiu voltar para a sua
casa com as mãos cheias, mas de coração vazio. É preciso nos desfazer de nossas
vontades, revestindo-nos da vontade de Deus.

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