Com a parábola dos vinhateiros
assassinos, em plena Quaresma, e ainda no ritmo da reflexão que nos é oferecida
com a nossa Campanha da Fraternidade, podemos perceber que a mensagem de hoje é
bastante atual e extremamente necessária. O proprietário da vinha confiou aos
seus empregados, a missão de zelar pela plantação. Cuidaram tanto que se
sentiam donos dela, a ponto de matarem os outros empregados e até mesmo o filho
do dono. O proprietário é Deus. Nós somos os empregados. A vinha é o mundo à
nossa volta. O Filho é Jesus. QUANDO QUEREMOS AGIR COMO OS DONOS DA SITUAÇÃO,
FALTA-NOS O DIÁLOGO, ISOLAMO-NOS E NÃO ACEITAMOS OPINIÃO DE NINGUÉM. Quem
pensar de maneira diferente deverá ser exterminado. A inveja nos deixa assim.
Neste tempo de mudança que é a Quaresma, façamos uma auto avaliação, para
percebermos o que é preciso ser modificado, para não matarmos ninguém com
nossas palavras e atitudes. A VINHA É DE TODOS. O MUNDO É NOSSO, PORQUE É DE
DEUS. É preciso cultivar e guardar a criação, como nos alerta a Campanha da
Fraternidade. QUANDO AS INTRIGAS E DISPUTAS COMEÇAM A SURGIR, NÃO AVANÇAMOS EM
MEIO ÀS NOSSAS RELAÇÕES. O OUTRO QUE SURGE PARA ACRESCENTAR E NOS AJUDAR,
INFELIZMENTE SERÁ SEMPRE VISTO COMO UMA AMEAÇA. E o mundo cada vez mais
competitivo, com suas rivalidades e rixas, fará com que entendamos sempre que
toda ameaça deve ser aniquilada. Vejamos o que aconteceu com José do Egito (1ª leitura - Gn 37,3-4.12-13.17-28).
Um homem de dons e amado pelo seu pai Israel, passou a despertar inveja e ciúme
aos seus irmãos. Os sentimentos ruins eram tantos que fizeram com que José
fosse vendido como um escravo. Jesus também foi vendido, momentos antes de
abraçar o seu flagelo e morte na cruz. NÃO PERCAMOS A NOSSA PAZ, POR CONTA DO
SUCESSO E DA DEDICAÇÃO DOS OUTROS. São estas coisas que fazem com que o nosso
mundo e a nossa própria vida comecem a padecer em meios aos tormentos do tempo
presente. A Quaresma tem muito a nos ajudar perante estes desafios. Padre
Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam

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