Prestes a celebrar a Ascensão do Senhor, continuamos
com o seu discurso de despedida. Somos carentes do amor de Deus! Perto deste
amor imenso, assemelhamo-nos às crianças. Nossa condição humana e frágil não
nos permite entender sempre os seus desígnios. Com a morte de Jesus, os
discípulos ficaram tristes e desconsolados. Com a sua ressurreição voltaram a
ter alegria. E novamente tornam a se entristecer, pois Jesus vai voltar ao Pai.
O CORAÇÃO HUMANO É SEMPRE OSCILANTE. COMEÇAMOS A CRESCER, MAS SEM VIGILÂNCIA,
RETROCEDEMOS FACILMENTE. Aqui, neste mundo, facilmente misturamos tristeza e
alegria, choro e contentamento. FELICIDADE PERFEITA APENAS O CÉU TEM A NOS
OFERECER. Por isso estamos nos preparando para celebrar o momento fecundo em
que Jesus voltou para lá. VOLTOU AO CÉU PARA PREPARAR O NOSSO CÉU. LEVOU
CONSIGO A NOSSA HUMANIDADE. Esta, por sua vez, já nos serve como certeza de que
temos condições de alcançar a eternidade. Neste mundo, nossos sentimentos se
misturam. VIVENDO EM MEIO ÀS ALEGRIAS E FADIGAS, COM PERSEVERANÇA E
RESISTÊNCIA, SABEREMOS DAR VALOR AO CÉU QUE JÁ HABITA EM NÓS. É assim, por
exemplo, a vida no casamento. Os noivos fazem um juramento para aprenderem a se
amar e se respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença durante
todos os dias de suas vidas. CASAMENTO QUE CONSEGUE VIVER EM MEIO A ESTA
DINÂMICA, CONSEGUE ANTECIPAR O CÉU. É semelhante à história da mulher em dores
de parto. Vive aquela dor, chora e suspira diante de tanto sofrimento, mas já
com o filho em seus braços não se lembra daquele choro. Preenche-se de uma
alegria incalculável. Acabou o choro? Apenas naquele instante. Pois enquanto a
mãe deixou as lágrimas, chegou a vez do seu recém-nascido começar a entender
que a vida não é feita apenas de calmarias como no ventre da mãe. O choro que a
criança expressa é sinal que a vida vai exigir muito dela, a fim de que ela
possa conquistar a maturidade que lhe é devida. Em meio a esta mistura de
sentimentos que nos alerta Jesus, acolhamos o que diz São Paulo (1ª leitura – At 18,9-18). Prestes a
ser preso e mais uma vez torturado diante do tribunal, Paulo sente medo e muito
receio do que estaria para acontecer. Mas, QUEM CONFIA EM DEUS, MESMO DIANTE
DAS TRIBULAÇÕES, MANTÉM-SE FIRME. E como São Paulo, sintamos Deus também a nos
dizer: “NÃO TENHAS MEDO. CONTINUE A FALAR E NÃO TE CALES, PORQUE ESTOU
CONTIGO”. NAS TRISTEZAS E ALEGRIAS DESTA VIDA, FIQUEMOS COM O QUE REALMENTE NOS
É VALIOSO: O AMOR DE DEUS QUE NOS QUER UM DIA NO CÉU! Padre
Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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