6º DOMINGO DA PÁSCOA (ANO B): “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor” (Jo 15,9-17).
Neste domingo, Jesus nos pede a humildade e a perseverança para
PERMANECERMOS sempre em seu amor. Demorando-nos diante daquilo que de
fato vale a pena ao nosso existir, conservando nossa capacidade de sermos
sempre melhores no amor a Deus, persistindo mesmo quando as intempéries ofuscam
o nosso ideal de vida, conseguiremos PERMANECER no amor que Deus nos faz
entender em seu Filho Jesus. Permanecer não é estar ao lado, em seu contexto
físico. Posso estar ao lado, mas não ser parceiro, companheiro, não assumir uma
vida de amor e de doação. O amor verdadeiro nos faz abraçar o essencial. Quando
amamos, sabemos superar as distâncias e, mesmo ausentes fisicamente,
conseguimos romper as barreiras e nos tornamos presentes. O amor supera até
mesmo as fronteiras da geografia e da física. Num discurso de despedida, Jesus
faz um apelo aos seus discípulos: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos
amei”. Ele suplica aos seus discípulos para viverem no amor e no respeito como
Ele próprio os amou e os respeitava. Jesus não disse: “amem a mim como eu os
amei”. Quem ama verdadeiramente, não espera o amor em troca. Simplesmente ama
INCONDICIONALMENTE. São Francisco, certa vez, falando de Deus que é amor, assim
afirmou: “O AMOR NÃO FOI AMADO”. Deus não nos ama se nós o amarmos. Ele
simplesmente AMA. Pede que façamos o mesmo. Amemos uns aos outros sem impor
condições. Este evangelho, felizmente nos é oferecido no mês em que nos
preparamos para celebrar o dia das mães. Elas são o retrato do amor de Deus. A
mãe simplesmente ama. Doa-se. Esquece-se de si mesma. Assim é o amor no seu
estado mais perfeito e genuíno. Deus ama indistintamente (1ª Leitura – At 10,25-26.34-35.44-48) porque Ele é o próprio amor (2ª Leitura – 1Jo 4,7-10). Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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