SÁBADO DA 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO PAR): “Quem não receber o reino de Deus como uma criança não entrará nele” (Mc 10,13-16).
Estamos
acostumados a dizer sempre que a criança é sinônimo de pureza e de
autenticidade. Por estes atributos entendemos porque Jesus pede para nos
compararmos as crianças, caso queiramos ter parte no reino dos céus. Como
adultos, precisamos pensar um pouco mais sobre este pedido de Jesus. Ele pede
para nos assemelharmos a uma criança não simplesmente pelo dado da pureza, mas,
sobretudo, pela sede do saber que há numa criança. Alguma vez na vida já nos
deparamos com as constantes e insistentes perguntas que fazem as crianças. Os
seus “por quês” estão sempre na pontinha de suas línguas. “Por que isso,
papai?”. “Por que aquilo, mamãe?”. E por aí vai! A VONTADE DE APRENDER TAMBÉM
NOS LEVA AO CÉU. Queiramos aprender para sermos melhores para os outros. O
nosso saber deve estar disponível ao bem dos outros. A criança também nos
ensina a ser prestativa e solícita quando é necessário. O OLHAR DA CRIANÇA NOS
REMETE AO OLHAR DE DEUS. Sempre que rezo com este evangelho e olho para o ser
de uma criança, lembro-me da segunda carta de São Paulo aos Coríntios quando
diz: “quando estou fraco é que me sinto forte”. A criança que ainda experimenta
a dependência dos pais para tudo nesta vida, denota uma força imensurável, pois
abraça os desafios da vida com muita sede de superação e de conquista. São
estas qualidades que nos farão viver o céu. A criança ainda nos fascina por
saber a quem recorrer nos momentos de apuro. Quando se sente ameaçada corre
para os braços do pai e da mãe. Deus espera que nós também saibamos ir ao seu
encontro, pois isto nos faz entender quem realmente é o nosso socorro e a nossa
salvação. Quando o pecado teima em nos sucumbir, olhemos para uma criança. Ela
tem o poder de nos reconduzir ao caminho de Deus (1ª leitura - Tg 5,13-20). Não foi a toa que Deus um dia se fez
criança. Seu amor é puro. Por isso sempre vem até nós! Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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