segunda-feira, 9 de julho de 2018

14º DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO B): “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares” (Mc 6,1-6).



Jesus era sempre aclamado pelo povo e acolhido com alegria no meio da multidão. Sua presença transmitia muita paz. Mas, em meio às suas andanças, nem tudo foi um “mar de rosas”. Entre os seus, a coisa não soava de forma satisfatória. Seus conterrâneos olhavam com certo preconceito: “esse aí? Filho de Maria? De José? Carpinteiro?”. Infelizmente foi assim com Jesus. Muitas vezes é assim conosco também. DIANTE DE UM MUNDO CADA VEZ MAIS DITO COMO GLOBALIZADO, INTERLIGADO E CONECTADO, ATRAI MUITO MAIS AS COISAS DE FORA. Aquilo que está ao nosso alcance acaba não chamando tanto a atenção. Bom mesmo quando vem de outras localidades e em novas circunstâncias. Afinal, a novidade sempre instiga mais. Às vezes isto é refletido em nossas relações também. E lamentavelmente até mesmo na religião. O pregador de fora fala melhor, mais bonito, encanta mais... faz chorar com suas palavras emotivas. O QUE PRECISAMOS MESMO É DE PESSOAS QUE CAMINHEM CONOSCO. QUE SINTAM “O CHEIRO DAS OVELHAS”, COMO TANTO INSISTE O NOSSO PAPA FRANCISCO. É preciso fazer parte da nossa realidade. Estar inserido ao contexto de alegria e felicidade, mas também de dor, desespero e desilusão do povo. Por isso a razão de sermos e de termos profetas. Gente da gente. Homens e mulheres que anunciam e denunciam as inúmeras situações da vida e que, nas suas fraquezas, saibam ser força para o povo. Necessitamos ser a voz de Deus entre as pessoas. Realizar tudo que nos é confiado com a garantia de que a iniciativa é sempre de Deus. É Ele quem nos coloca de pé e nos faz desafiar os de coração duro (1ª leitura – Ez 2,2-5). No entanto, nem sempre as coisas ocorrem tão acertadas assim. Mas nós, que somos de Jesus, olhando para Ele, deveremos compreender que em meio aos desafios, sofrimentos e angústias, acolhendo os irmãos que a vida nos dá, basta-nos a sua graça e o seu amor (2ª leitura – 2Cor 12,7-10). Na dor e no amor, sejamos profetas e saibamos acolher aqueles que profetizam à nossa volta. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam

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