A cada momento novo no cotidiano das pessoas que
acompanhavam Jesus, o vislumbre e o encantamento eram sempre maiores. Era muito
bom ver alguém que fazia o bem parecer algo tão gratificante e tão acessível a
todos. Jesus encantava, mas a fé não é um encanto. Quem se apega a fé, motivado
pelo encanto e pela paixão do momento, mais cedo ou mais tarde, perceberá que
não era a fé a motivação primeira de sua vida. Se olhamos para Jesus como um
super-herói, um gênio da lâmpada que está sempre pronto a realizar os nossos
pedidos, esta relação se tornará algo cansativo e enfadonho com o tempo. Aos
que estavam admirados com as boas coisas que Jesus fazia Ele deixou um recado
muito forte. Falou que passaria por dificuldades e provações. Que seria
entregue à morte para depois ressuscitar e fazer valer a vida de forma plena.
JESUS FAZIA O BEM DE MANEIRA FÁCIL, MAS NÃO DEIXOU NENHUM DE SEUS SEGUIDORES
EQUIVOCADOS COM O BEM QUE PASSA PELA CRUZ. É preciso sair da admiração para o
compromisso do amor e da caridade que nos deixará mais preparados para vencer
os embates da vida, sempre à luz de nossa fé. É preciso aprender a progredir
também no exercício da nossa fé. Muitos viviam admirados com os feitos de
Jesus, mas na cruz eram muito poucos aqueles que estavam à sua volta. Os
embates e percalços desta vida, quando bem assimilados, transformam-nos homens
e mulheres mais resistentes e sensíveis ao que realmente conta aos olhos de
Deus. Não percamos tempo! É agora o momento da decisão! Não deixemos os anos
passarem sem que estejamos aproveitando o tempo de forma responsável e
equilibrada. Não seremos jovens para sempre. Façamos por onde a nossa velhice
seja um tempo de graça e de mais qualidade para nós e para aqueles que se
encontram à nossa volta (1ª leitura –
Ecl 11,9-12,8). Assim estaremos admirados e bem mais capacitados com as
maravilhas que Deus faz por nós. Pois na alegria ou na dor Ele sempre será fiel
a nós. #GotasQueEdificam
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