Olhemos mais uma vez para o exemplo de São João Batista. Era
autêntico, denunciava, batizava e preparava o caminho de Jesus. Por isso
chamava a atenção das pessoas. Aos poucos, tornava-se popular. Uma das belas
qualidades deste santo homem hoje é posta em evidência com o evangelho. João
Batista era humilde e bastante sincero. Como se diz por aí, ele não tinha
“papas na língua”. Em meio à sua popularidade, foram lhe perguntar se ele era o
messias esperado por todos. Sem tirar nenhuma vantagem com isso, João Batista
afirma que não era o messias, apenas uma voz a gritar no deserto. Precisamos
aprender com este gesto de João Batista. Em tempos de tanto barulho, tanta
descrença, tanto oportunismo e tanta falta de amor, sejamos também uma voz bem
audível e convincente, capaz de falar o que vive e viver o que nos ensina São
João Batista e o próprio Jesus. O profeta primo de Jesus reconheceu sua
pequenez, a ponta de afirmar que não se reconhecia digno nem mesmo de se
abaixar para desamarrar as sandálias de Jesus. Precisamos de mais profetas como
João Batista. No início de um novo ano, façamos mais esforço para reconhecermos
as vozes que nos educam, nos formam e nos fazem ser mais pessoa humana, imagem
e semelhança de Deus. Sendo mais cristãos, façamos ecoar a voz de Deus que é o
seu Filho Jesus. O MUNDO ESTÁ SEDENTO DE VOZES QUE TRANSMITAM UMA MENSAGEM QUE
ACRESCENTE AMOR E PAZ. Permaneçamos ouvindo a voz de Jesus, evitando fortemente
qualquer coisa que macule a sua presença em nossos corações. Ouvindo a Palavra
de Deus, teremos mais força e mais conteúdo para não cairmos em meio às ciladas
da vida (1ª leitura – 1Jo 2,22-28).
Os santos de hoje nos trazem grandes exemplos a este respeito. Os bispos e
doutores da Igreja, Basílio e Gregório, porque ouviram a voz de Deus, souberam
ecoar a sua mensagem. Façamos o mesmo! Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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