Jesus era sempre aclamado pelo
povo e acolhido com alegria no meio da multidão. Sua presença transmitia muita
paz. Mas, em meio às suas andanças, nem tudo foi um “mar de rosas”. Entre os
seus, a coisa não soava de forma satisfatória. Seus conterrâneos olhavam com
preconceito: “esse aí? Filho de Maria? De José? Carpinteiro?”. Infelizmente foi
assim com Jesus. Muitas vezes é assim conosco também. DIANTE DE UM MUNDO CADA
VEZ MAIS DITO COMO GLOBALIZADO, INTERLIGADO E CONECTADO, ATRAI MUITO MAIS AS
COISAS DE FORA. Aquilo que está ao nosso alcance acaba não chamando tanto a
atenção. Bom mesmo quando vem de fora. A novidade sempre instiga mais. Às vezes
isto é refletido em nossas relações. Tristemente até mesmo na religião. O
pregador de fora fala melhor, mais bonito, encanta mais... faz chorar com suas
palavras emotivas. O QUE PRECISAMOS MESMO É DE PESSOAS QUE CAMINHEM CONOSCO.
QUE SINTAM “O CHEIRO DAS OVELHAS”, COMO TANTO INSISTE O NOSSO PAPA FRANCISCO. É
preciso fazer parte da realidade. Estar inserido ao contexto de alegria e
felicidade, mas também de dor, desespero e desilusão do povo. Por isso a razão
de sermos e de termos profetas. Pessoas que anunciam e denunciam as inúmeras
situações da vida e que, nas suas fraquezas, saibam ser força para o povo.
NECESSITAMOS SER A VOZ DE DEUS ENTRE AS PESSOAS. Realizar o que nos é confiado
sabendo que a iniciativa é sempre de Deus. Alguém que nos faça entender que
Deus não nos castiga para simplesmente punir. Mas nos corrige e nos encaminha a
uma vida mais solícita e verdadeira. Ele nos convida ao arrependimento e faz
com que entendamos que sua presença é sempre misericordiosa e amorosa a todos
nós (1ª leitura – 2Sm 24,2.9-17).
Mas, nem sempre as coisas ocorrem tão acertadas assim. Jesus enfrentou
sérias dificuldades entre os seus. Compreendamos que, EM MEIO AOS DESAFIOS,
SOFRIMENTOS E ANGÚSTIAS, BASTA-NOS A SUA GRAÇA E O SEU AMOR. Sejamos profetas,
acolhendo aqueles que profetizam à nossa volta. É disto que a vida tanto
precisa! Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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