A cena que Marcos hoje nos
trás é muito conhecida. Recentemente a meditamos a partir das palavras de
Lucas. Estamos com a cura de um leproso. Um homem que desafia a lei e vai até
Jesus, pedindo a sua cura. O homem doente não poderia ter uma vida sociável. Por
isso era excluído. Mas ele sabia que o Filho de Deus poderia não apenas lhe
devolver a cura, mas também a sua dignidade e o seu direito de ir e vir. Jesus
resolve toda estas situações. E para que isto fosse resolvido, era preciso que
Ele se colocasse no lugar do leproso. E foi o que aconteceu. Aliás, este
detalhe Lucas não conta. Jesus, para curar o leproso e, mais ainda, curar o
povo daquele preconceito, resolve tocar no homem doente. Quem tocava numa
pessoa leprosa, ficava impuro. Por conta disto, Jesus não podia mais estar no
meio do povo, pois para a “lei” Ele agora era um homem impuro. JESUS SEMPRE
ASSUMIU AS NOSSAS DORES. SEMPRE ESTEVE NO LUGAR DE NOSSAS ENFERMIDADES. POR
ISSO, ACEITOU PAGAR UM PREÇO MUITO ALTO AO MORRER NA CRUZ. Aceitou ser derrotado,
a fim de que pudéssemos conquistar a vitória. Ao seu lado, conseguiremos acabar
com as lepras desta vida. Por isso, é sempre importante estarmos com Ele. Irmos
ao seu encontro, assim como o homem doente do evangelho de hoje. Nas lutas
diárias, nos momentos difíceis do dia-a-dia, que nos deixam cansados e
abatidos, manifestemos a nossa fé, a fim de podermos ter atitudes ousadas como
a do leproso, alcançando a cura de todos os nossos males. Deus suporta toda e
qualquer derrota. Mas olhemos para Ele como nosso Deus e não como um ídolo,
como fez o povo de Israel (1ª leitura -
1Sm 4,1-11). DEUS NÃO RESOLVE OS NOSSOS PROBLEMAS COMO SE FOSSE AQUELE
GÊNIO DA LÂMPADA. Não olhemos para Deus de uma maneira passiva e sem
compromisso. Vamos nós até Ele. Por isso Jesus teve compaixão do leproso. E
nós? São estas coisas bem pensadas e bem vividas que nos tornam filhos de Deus.
Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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