Infelizmente,
quando estamos obtendo êxito em alguma atividade que por nós é desenvolvida, a
inveja e o ciúme sempre se alojam no coração de pessoas que se incomodam com a
nossa realização. Deus nos preenche de
dons, mas ao longo da nossa vida haveremos de pagar um preço muito caro por eles.
E por serem dons, não nos pertencem. Deverão estar inteiramente à disposição dos
outros. As boas coisas que Jesus fazia começavam a ganhar repercussão no
cotidiano das pessoas. Muitos o elogiavam com o coração repleto de encanto e
alegria. Mas também muitos se incomodavam e queriam aniquilá-lo a todo custo. É que, às vezes, fazer o bem incomoda.
Porém, Jesus tinha consciência de tudo isso. Não era a toa que jamais procurou
prestígio ou compensações. Tinha certo que a cruz seria o prêmio por incomodar
tanta gente maliciosa e inescrupulosa. Hoje o evangelho nos diz que os
incomodados com Jesus quiseram difamá-lo, a ponto de dizerem que Ele fazia
aquilo tudo porque o demônio lhe dava forças para tantas proezas. Era um verdadeiro
golpe baixo contra Jesus. É possível que também nos deparemos com situações
semelhantes. Há indivíduos que não suportam ver ninguém brilhar. Deleitam-se
com difamações e calúnias de qualquer tipo ou natureza. Mas Jesus não era nenhum
bobo. Disseram tamanha blasfêmia, mas Ele prontamente lhes respondeu dizendo
que era ilógico e irracional achar que o mal lhe impulsionava a fazer o bem.
Absurdo! Por isso não podemos perder a
sensibilidade de nos indignarmos perante as maledicências deste mundo. O
demônio divide! Jesus fazia o que fazia para gerar comunhão e fraternidade. O
mesmo fez o rei Davi que, embora também tivesse sido injustiçado, assumiu as consequências
de maneira madura e sempre respeitosa, a fim de ver o seu reino unificado e
robustecido (1ª leitura – 2Sm
5,1-7.10). Que
a resposta de Jesus e a determinação do rei Davi nos ensinem a prosseguirmos
com o nosso projeto de vida. E se incomodarmos, é sinal de que estamos no rumo
certo! Padre Aureliano
Gondim. #GotasQueEdificam
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