quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

TERÇA-FEIRA DA 2ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO PAR): “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” (Mc 2,23-28).

A compreensão cristã nos diz que o ser humano necessita de normas para regulamentar o cotidiano de sua vida, em conjunto com tudo o que se encontra à sua volta. Precisamos de um ordenamento e equilíbrio para encontrarmos nossa posição diante do mundo. TODAS AS NORMAS, CRITÉRIOS E LEIS DEVERÃO LEVAR EM CONTA A DIGNIDADE HUMANA. A exceção de toda lei deverá ser sempre a valorização do ser humano. REGRAS SEMPRE TERÃO SEU O VALOR, MAS APRENDAMOS SEMPRE A PRIMAR PELA CARIDADE. Nenhum preceito religioso poderá sufocar o ser humano. Jesus já disse que seu desejo é ver entre nós a prática constante da misericórdia, sem jamais vivermos uma relação com Deus, movida pelo sacrifício e pela punição. Jesus, em momento algum, repudiou o uso e a aplicação da lei. Sua preocupação sempre esteve voltada para o essencial. A lei é boa e válida, contanto que esteja a serviço do ser humano. UMA PESSOA SE SENTIR MARGINALIZADA OU EXCLUÍDA, APENAS PORQUE A LEI LHE EXIGIU ALGO QUE ESTIVESSE EXTREMAMENTE DESASSOCIADO DE SUA VIDA NÃO PODERÁ JAMAIS SER RECONHECIDA COMO UMA LEI BOA. Foi isto que Jesus desejou que as pessoas à sua volta pudessem entender. Tais pessoas, ao invés de estarem preocupadas com a qualidade de vida do povo, preferiam simplesmente por em prática costumes muitas vezes retrógrados e de simples fantasia. LEI ALGUMA PODERÁ DETERMINAR O COMPORTAMENTO DE ALGUÉM, QUANDO SE DEIXA DE LADO A NECESSIDADE MAIS BÁSICA DO SER HUMANO. Para que os críticos e poderosos do mundo pudessem entender, Jesus lhes citou até o exemplo do Rei Davi quando deixou um costume de lado, pensando apenas em acabar com a fome dos seus companheiros. A LEI NÃO PODE SER MAIOR, QUANDO O MENOR DOS NOSSOS IRMÃOS PADECE. Não esqueçamos que Deus está sempre com os menores, por isso escolheu Davi, o menor e o mais novo, para ser o líder do seu povo (1ª leitura – 1Sm 16,1-13). Que estas coisas nos ajudem a cumprir a lei do amor. O Ano da misericórdia é um convite para pensarmos nisto. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam

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