Estamos no início da Quaresma e a
Palavra de Deus deste primeiro domingo quaresmal é um convite para fazermos a
experiência de estarmos num deserto. Sozinhos,
porém jamais solitários. Deus é sempre o nosso abrigo e amparo. O
evangelho fala que o Espírito Santo conduziu Jesus até o deserto. É certo que
lá Jesus foi tentado, mas não caiu em nenhuma tentação. Nenhuma cilada humana poderia invadir o coração d’aquele que se fez
humano, mas nunca deixou de ser Deus e de ser de Deus. Jesus quis se
assemelhar a nós até mesmo nos instantes mais sinuosos e tenebrosos da vida.
Fez uma experiência desértica por 40 dias, como nos aponta o evangelho. É o que
a Igreja almeja a cada um de nós neste tempo que nos remete à Páscoa do Senhor.
40 é sempre símbolo de preparação e de purificação. Purifiquemos o nosso coração! Deixemos de lado todas as mazelas e
obscuridades que teimam em se alojar na nossa mente e no nosso coração.
Deus é sempre fiel. Precisamos nos apropriar de todas as reflexões da Quaresma,
a fim de agirmos de forma recíproca, leal e verdadeira. Sua aliança é sempre o
maior suporte que a nossa vida humana e frágil poderá encontrar. “Este é o
sinal da aliança que coloco entre mim e vós”, disse o próprio Deus depois da realidade
do dilúvio (1ª leitura – Gn 9,8-15). Seja esta a certeza a
tomar conta dos nossos propósitos de reparação e de conversão em mais uma santa
Quaresma. E que a nossa rebeldia que se dá através do pecado e das nossas maledicências,
não seja maior do que a garantia de que Deus nos purifica e nos equilibra
novamente, a partir da vitória de seu Filho Jesus naquela cruz. “O justo pelos
injustos, a fim de nos conduzir a Deus”, lembra-nos São Pedro neste primeiro
domingo quaresmal (2ª leitura – 1Pd
3,18-22). Vençamos as nossas tentações! Deixemos que o
Espírito de Deus nos faça perceber a aliança de amor que Ele insiste em fazer
conosco! Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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