No
domingo que antecede a grande semana da nossa fé, a Igreja nos faz meditar o
evangelho de João, que, através das palavras de Jesus, apresenta-nos a real e
verdadeira dinâmica do ser cristão, sobretudo porque estamos na reta final da
Quaresma. Alguns gregos pediram aos discípulos Filipe e André para ver Jesus.
Jesus foi até eles com as seguintes palavras: “Chegou a hora em que o Filho do
homem vai ser glorificado”. Sim, Jesus agora passa a lhes falar diretamente
sobre a sua glória. Mas as coisas de
Deus não se comparam às nossas. A glória de Deus não é o sucesso a que
estamos acostumados a ver e desejar. O
sucesso que Deus tem a nos oferecer não nos isenta da realidade da cruz.
Ao falar que a sua hora chegou, jesus
quer dizer que a cruz se tornaria uma
realidade inevitável. Mas não a morte por ela mesma. Para nós que cremos
em Jesus, a morte é sinônimo de Páscoa. É a passagem para a vida em Deus e de
Deus que nos é oferecida, se estivermos dispostos a carregar a nossa cruz e a
sofrer junto dela, como fez o próprio Jesus. São estas as marcas que devem ser
impressas em nós. As marcas de um Deus
que morreu na cruz, mas que não parou nela. A cruz fala por si a cada um de
nós. É pela cruz que conhecemos a dimensão do amor de Deus. Por isto
Jesus também diz no evangelho que ao ser elevado da terra, atrairia todos a
Ele. Neste domingo, meditando os mistérios de nossa fé, possamos imprimir no nosso coração a verdadeira e única aliança que
Deus nos oferece (1ª leitura – Jr
31,31-34). Pois
somente a partir da morte e ressurreição de Jesus é que poderemos afirmar que
somos cristãos. É pela obediência d’Ele e a Ele que teremos acesso à salvação (2ª leitura – Hb 5,7-9). Façamos todo esforço para
sermos atraídos pelo amor de Jesus. Esta é a única glória acessível a todos
nós! Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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