Estamos hoje com a última parte do discurso de Jesus
sobre o “pão da vida”. Essa história de comer a carne e tomar o sangue soava de
forma complicada para os judeus. Achavam mesmo que Jesus estava falando de um
possível canibalismo. Isso tudo soava de forma repugnante. O que Jesus queria
dizer mesmo era que ASSIM COMO O ALIMENTO, UMA VEZ INGERIDO, NÃO MAIS CONSEGUE
SER IDENTIFICADO NO ORGANISMO HUMANO, A NOSSA RELAÇÃO COM JESUS, EUCARISTICAMENTE,
DEVERÁ TORNAR-SE UMA SÓ REALIDADE. O Sagrado, pela misericórdia de Deus,
absorve nossa fraqueza humana. O corpo e o sangue de Jesus são totalmente
doados à nossa salvação. QUE NOSSAS VIDAS SEJAM CONSUMIDAS EM PROL DE UM
VERDADEIRO MOTIVO, COMO FEZ JESUS. O pai e a mãe se consomem inteiramente no
lar, no trabalho, na criação dos filhos e na doação exigente do amor mútuo
porque encontram na família o pleno e verdadeiro sustento de suas vidas. Por
isso são chamados a ser uma só carne como Jesus. Quando se tem uma meta, tudo o
mais passa a ser secundário, pois o amor verdadeiro foi encontrado. Acolhamos o
exemplo da conversão de São Paulo (1ª leitura - At 9,1-20). O Cristo que
ele perseguia, tornou-se o seu ideal de vida. São Paulo, antes de mudar, alimentava-se
unicamente da vontade de exterminar os cristãos. Ao ter contato com a luz
verdadeira, alimenta-se de Jesus. Na carne, no corpo e sangue de Jesus, doados
como alimento, São Paulo se deixa absorver de uma maneira tal que ele mesmo
afirma: “vivo, mas não eu. É o Cristo que vive em mim”. Por isso Jesus nos diz
hoje que seu corpo e seu sangue são nossa verdadeira comida e bebida. Isto,
queridos, é a EUCARISTIA, alimento pascal. Renovemos a nossa vida como São
Paulo, para que possamos testemunhar o Cristo ressuscitado a todos aqueles que
a vida nos faz encontrar. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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