SEGUNDA-FEIRA DA 2ª SEMANA DO TEMPO COMUM (ANO IMPAR): “Vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí então eles vão jejuar” (Mc 2,18-22).

Os famosos críticos de Jesus mais uma vez teciam comentários a seu respeito. Sobre o jejum, observavam que Jesus e seus discípulos estavam em falta. E para que serve o jejum? Por que Jesus e seus discípulos não estavam a jejuar, como diziam seus algozes? O jejum é válido quando feito de coração, em prol dos irmãos. PODEMOS PRATICAR ATOS DE PIEDADE E DE DEVOÇÃO, ACREDITANDO QUE ESTAMOS ALIMENTANDO A NOSSA FÉ, QUANDO NA VERDADE, A CARIDADE E O AMOR PODERÃO ESTAR ANOS LUZ DISTANTE DE NÓS. Quando não entendido e bem vivido, o jejum pode se torna qualquer coisa, menos um convite à conversão e à reparação de nossas faltas. É por esta razão que, na presença de Jesus, o jejum ainda não era conveniente. EM CLIMA DE FESTA, PRIVAR-SE DE ALGO EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA GARANTIR A CONFRATERNIZAÇÃO E A BOA CONVIVÊNCIA NUNCA SERÁ A MELHOR SAÍDA. Não pensemos que nossas devoções nos deixarão isentos de uma atenção mais consistente perante aqueles que sofrem não com o jejum, mas com a privação forçada do alimento, do trabalho e da dignidade. TOMEMOS CUIDADO COM A PRÁTICA DA NOSSA RELIGIÃO. Caso contrário, PODEREMOS ATÉ BUSCAR O VINHO NOVO QUE DÁ SABOR E ALEGRIA, MAS CONTINUAREMOS A GUARDÁ-LO NOS VELHOS ODRES DE NOSSAS VIDAS. Muita atenção ainda para não seguirmos com alguns costumes que falam de fé, mas não ajudam a fazermos a real vontade de Deus. Seria o mesmo que unir a um tecido velho, um remendo novo. Teremos perdido tempo, pois mais cedo ou mais tarde o prejuízo com a roupa será ainda maior. Saibamos fazer da nossa vida, um verdadeiro jejum. Na prática da caridade e da compaixão, pois nós também somos merecedores da compaixão que nos faz todos necessitados do amor e da misericórdia de Deus. Não busquemos barganhas e merecimentos vãos. Aprendamos com Jesus que foi sempre obediente (1ª leitura – Hb 5,1-10). Renovemos o nosso coração, para que consigamos por em prática o real sentimento que nos faz viver na alegria de Deus. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam