TERÇA-FEIRA DA 3ª SEMANA DA QUARESMA: “Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?” (Mt 18,21-35).
Mais uma vez a caminhada Quaresmal nos provoca a viver uma realidade
muito forte que nos faz agir com os nossos semelhantes, da mesma forma que Deus
age com cada um de nós. A NOSSA ORAÇÃO QUARESMAL, O NOSSO JEJUM E A NOSSA
CARIDADE SÓ TERÃO SENTIDO SE SOUBERMOS AGIR MOVIDOS PELO DOM DO PERDÃO. A
partir de uma parábola, Jesus nos fala desta importante prática, de uma maneira
constante na nossa vida. A atitude da caridade e do perdão na vida de um homem
que soube ser compassivo com um de seus empregados. Mas, infelizmente, não foi
a mesma atitude, quando este mesmo empregado se deparou com uma pessoa que lhe
devia um valor bastante irrisório. O PERDÃO NOS FAZ AGIR COM MISERICÓRDIA,
TANTO QUANTO NOS FAZ EXERCER O DOM DA JUSTIÇA. QUEM É MISERICORDIOSO, TAMBÉM
DEVE SER JUSTO NAQUILO QUE FAZ. Aquele que perdoou a dívida, depois aplicou a
justiça. Mandou prender aquele seu empregado injusto e insensível ao sofrimento
do outro. PERDOAR É ALGO EXTREMAMENTE EXIGENTE, E POR SER EXIGENTE NOS TORNA
MAIS APTOS A VIVER CONFORME A VONTADE DE DEUS. O primeiro passo para o perdão é
reconhecer a necessidade de se deixar mover também pela compaixão. Ao tempo em
que manifestamos o desejo de sermos perdoados por Deus, devemos considerar que
este perdão alcançará o nosso coração, à medida que soubermos perdoar também os
outros. PERDOAR É DEIXAR DE SERMOS MERAMENTE HUMANOS, PARA CONQUISTARMOS A
POSSIBILIDADE DE SERMOS TAMBÉM DIVINOS. O perdão põe em prática a oração que
fazemos a Deus, esvaziando-nos de todo sentimento ruim, ao darmos um importante
passo em busca do exercício da caridade. Esta é a verdadeira prática que a
Quaresma nos faz assumir. Jesus, na cruz, em meio às suas dores e profundas
humilhações, foi ainda capaz de dizer: “Pai, perdoa essa gente! Eles não sabem
o que fazem”. Azarias, de pé, em meio às ciladas da vida, pediu clemência a
Deus (1ª leitura – Dn 3,25.34-43). Se formos clementes, as fornalhas da
nossa vida, não serão capazes de nos afugentar do amor de Deus. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
Nenhum comentário:
Postar um comentário