Esta
citação do evangelho de hoje é bastante provocadora. Precisamos compreender bem
o seu contexto. Quando Jesus nos fala que veio espalhar fogo pela terra e já
desejaria ardentemente que este fogo estivesse aceso, Ele nos fala do FOGO QUE
INFLAMA PARA O AMOR. É o fogo que aquece, ilumina e purifica. Este fogo não
destrói e mata, mas purifica e liberta. Acerca desta purificação, Jesus ainda
faz referência a um batismo que Ele mesmo esperava receber. No dia em que fomos
batizados, fomos acolhidos por Deus, em seu Filho Jesus, como novos filhos.
Eliminando o pecado original, nascemos de novo. E no dia deste nascimento,
foi-nos entregue uma vela acesa, simbolizando a presença de Jesus, luz do
mundo. Novamente percebemos a presença do fogo a nos iluminar e nos purificar.
Deixemos com que este fogo esteja sempre aceso em nós. Seja este o nosso
desejo. Meditando um pouco mais com a simbologia do fogo, vale ressaltar que o
fogo pode se apagar. Cabe a nós a tarefa de mantê-lo sempre aceso. Sem o fogo
do Espírito Santo que aquece, revigora e dá discernimento, poderemos facilmente
nos perder em meio aos descaminhos desta vida. Jesus também faz um importante
alerta que, num primeiro instante, soa como algo contraditório. Ao tempo em que
lança o fogo que purifica, fala ainda que veio para dividir. Familiares, amigos
e companheiros vivendo em profundo caos por conta de seu nome. A palavra de
Deus já nos diz que a paz é fruto da justiça. Quando primamos pelo bem e pela
sua consequência entre nós, optamos sempre pela verdade, ainda que nos cause
dor e sofrimento. É esta a divisão que retrata Jesus no evangelho.
Coloquemo-nos a serviço de Deus, como pede São Paulo (1ª leitura – Ef 3,14-21). Robustecidos pelo Espírito Santo que nos
foi confiado na graça do batismo, saberemos viver a plenitude do amor de Deus.
Eliminemos o que é nocivo em nós, a fim de vermos suas maravilhas em nossas
vidas. O fogo de Deus nos inflama para isso. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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