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Fonte: Internet |
Caros irmãos e irmãs,
Na liturgia deste VIII domingo do Tempo Comum,
ecoa umas das palavras mais tocantes da Sagrada Escritura. O Espirito
Santo nos doou mediante a escrita do, por assim dizer, “segundo Isaías',
o qual para consolar Jerusalém das suas derrotas, assim se exprime:
"Pode uma mulher esquecer-se da sua própria criança ao ponto de não
comover-se pelo filho das suas entranhas? Mas se até esta se esquecesse,
Eu não te esqueceria jamais” (Is 49,15). Este convite à confiança no
incondicional amor de Deus vem próximo à pagina, de forma sugestiva, do
Evangelho de Mateus, no qual Jesus exorta os seus discípulos a confiar
na providência do Pai celeste, o qual nutre os pássaros do céu e veste
os lírios do campo e, além disso, conhece a nossa necessidade (cf. Mt
6,24-34). Mateus se exprime desta forma: “Não vos preocupeis, pois,
dizendo: “ O que comeremos? O que beberemos? O que vestiremos? De todas
estas coisas vão à procura os pagãos. O vosso Pai celeste, de fato,
sabe que haveis necessidade”. Defronte à situação
de tantas pessoas próximas ou distantes que vivem na miséria, este
discurso de Jesus poderia parecer pouco realístico, se não evasivo. Na
realidade, o Senhor quer nos fazer entender com clareza que não se pode
servir a dois senhores: Deus e a riqueza. Quem acredita em Deus,
Pai cheio de amor pelos seus filhos, coloca em primeiro lugar a procura
pelo Reino, pela Sua vontade. E isto é exatamente o contrário de um
ingênuo conformismo. A fé na providência, de fato, não
dispensa a fadigosa luta por uma vida digna, mas liberta da ansiedade
pelas coisas e do medo do amanhã. É claro que este ensinamento
de Jesus, mesmo permanecendo sempre verdadeiro e válido para todos, é
praticado em modos diversos pelas diversas vocações: um frei franciscano
poderá segui-lo em maneira mais radical, enquanto que um pai de família
deverá dar conta dos próprios deveres em relação a mulher e aos filhos.
Em todo caso, entretanto, o cristão se distingue pela absoluta confiança no Pai celeste, como fez Jesus.
É justamente a relação com Deus Pai que dá sentido à toda a vida de
Cristo, às suas palavras, aos seus gestos de salvação, até a sua
paixão, morte e ressurreição. Jesus nos demonstrou o que significa viver
com os pés bem plantados na terra, atentos às concretas situações do
próximo e ao mesmo tempo conservando sempre o coração no céu e
mergulhado na misericórdia de Deus. Caros
amigos, à luz da Palavra de Deus deste domingo vos convido a invocar a
Virgem Maria com o título de Mãe da Divina Providência. À ela confiamos a
nossa vida, o caminho da Igreja, os acontecimentos da história. Em
particular, invocamos a sua intercessão a fim que todos aprendamos a
viver segundo um estilo mais simples e sóbrio, na cotidiana atividade e
no respeito para com a criação que Deus confiou aos nossos cuidados.

Texto extraído do site: www.cancaonova.com
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