Nesta 4ª semana da
Quaresma, estamos vivendo a semana da alegria. É um tempo diferente. Recebe o
nome de alegria por estarmos nos aproximando da Páscoa, a grande festa cristã.
E também por estarmos vivendo alegremente toda a experiência que o tempo da
Quaresma nos possibilita, a fim de alcançarmos a maturidade que o nosso bom
Deus espera de nós. Na liturgia da palavra desta terça, o salmo 45 nos diz: “O
Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na
angústia”. É verdade! Quando Deus é a razão de nossas vidas, quando nos
colocamos à sua disposição, quando toda a nossa vida se faz verdade, em
consonância com os princípios evangélicos, estamos prontos para sermos
socorridos pelo nosso Deus infinitamente misericórdia. No evangelho segundo São
João, observamos a presença de muitos necessitados (cegos, coxos e paralíticos).
Um deles recebe destaque. Um homem doente havia 38 anos. Impressiona a pergunta
de Jesus a este homem: “Queres ficar curado?” (Jo 5,5). Ora, quem não desejaria
livrar-se de alguma enfermidade, principalmente com tantos anos de sofrimento? Isto
para nos assegurar que Ele respeita a nossa liberdade. Quer ouvir de nós aquilo
que tanto necessitamos. Obtendo resposta positiva, diz Jesus:
“Levanta-te, pega tua cama e anda” (Jo 5,8). Muitos são aqueles que vivem
carentes de algo que os impossibilita viver de maneira alegre, entusiasmada e
verdadeiramente feliz. No início deste nosso texto, mencionava que estamos na
semana da alegria. São Paulo, o grande apóstolo e missionário das nações, se
dirigindo aos Filipenses, diz: “Quanto ao resto, meus irmãos, fiquem alegres no
Senhor” (Fl 3,1). É bom lembrar que esta carta é conhecida como a carta da
alegria. Estarmos alegres é dádiva de Deus. Ao experimentar a cura, o homem “pegou
sua cama e começou a andar” (Jo 5,9). Eis a mensagem bonita à nossa fé: quem
experimenta a verdadeira alegria, não se isola. Quer mesmo é partilhar, sair de
si, ir ao encontro daqueles que também desejam a alegria. Caros irmãos! Estejamos
alegres ao devolver a alegria para aqueles que sofrem muito mais que
fisicamente, mas, sobretudo aqueles que padecem na alma. Se nos encontramos
felizes por estarmos sabendo viver este tempo de quaresma no exercício intenso
da oração, da caridade e do jejum, busquemos apresentar aos demais esta mesma
alegria que brota do coração do nosso Deus. O homem do evangelho foi curado.
Sejamos nós curados também das mazelas do egoísmo, da arrogância e de tantas
outras tristes realidades que nos afastam de Deus. Prossigamos com o nosso
itinerário quaresmal que nos levará à festa da Páscoa, que é o próprio Cristo
Jesus. Abraços a todos!
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