Atento
à participação dos fiéis católicos durante a celebração da santa missa, apresento
algumas observações quanto ao que nos orienta a liturgia de nossa Igreja.
Quando estamos prestes a participar da distribuição
da santa eucaristia, acolhendo Jesus presente na hóstia consagrada, todos que
ali se encontram, rezam a célebre oração ensinada por Jesus aos seus
discípulos. Refiro-me a oração do Pai Nosso (cf. Mt 6,9-13 e Lc 11,2-4).
Foi
o Papa Gregório I (590-604) quem introduziu na Santa Missa a oração do Pai
Nosso, a fim de preparar toda a comunidade orante para o acolhimento a Jesus
Eucarístico.
Contudo,
como nos faz observar o Missal Romano (livro utilizado pelo padre durante a
celebração da santa missa), ao rezarmos a oração do Pai Nosso, NA MISSA, não a encerramos
com a palavra AMÉM. Isto pelo fato de ainda não termos concluído os nossos
pedidos direcionados a Deus, antes de acolhermos a presença eucarística de
Jesus nas espécies consagradas do pão e do vinho.
Ao
rezarmos a oração do Pai Nosso em nossos momentos de oração pessoal, ao
repetirmos a prece: “o pão nosso de cada dia...”, referimo-nos ao alimento
diário que nos garante o sustento do corpo. Consequentemente, suplicamos a Deus
as disposições necessárias a fim de termos sempre como provermos o nosso
sustento e os daqueles que dependem de nós.
Todavia,
a oração do Pai Nosso na missa não se dirige apenas ao pão material. Repetirmos
o desejo de que o pão nosso de cada dia nunca nos falte, na missa, vai muito
mais além. Pedimos, na verdade, que a eucaristia, pão vivo descido do céu (cf.
Jo 6,51), jamais venha a nos faltar. É o nosso alimento espiritual. A nossa
garantia máxima de que Jesus está conosco! Ele se fez alimento por amor a nós!
Por isso, a oração do Pai Nosso, rezada na celebração eucarística, necessita de
uma maior ênfase de nossa parte.
Destarte,
terminando a oração do Pai Nosso, o sacerdote que preside a santa eucaristia, prossegue
rezando com a oração que diz: “LIVRAI-NOS DE TODOS OS MALES...”. Concluída esta
súplica dirigida a Deus Pai, outra oração é proferida pelo sacerdote. Desta
feita, direcionada a Jesus: “Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos
Apóstolos...”. Aqui, no Missal Romano, há uma orientação em forma de rubrica,
que diz: “O Sacerdote prossegue rezando SOZINHO”. Ao contrário do que comumente
observamos, esta oração não é para ser feita por toda a assembleia que
participa da santa missa.
Na
missa, percebemos em diversos momentos, intervenções proferidas pelo padre e
logo em seguida, a resposta de toda a assembleia. Isto acontece a fim de
garantir o diálogo entre assembleia e sacerdote. O diálogo na celebração é algo
bastante envolvente e notório.
Portanto,
neste momento, quando o Padre profere esta oração, e somente ele, toda a
comunidade reunida responde com o AMÉM. É este o verdadeiro momento de todos
poderem rezar o amém. Detalhe que pode parecer desnecessário ou irrelevante.
Mas para bem participarmos da santa liturgia, cada detalhe é repleto de
sentido. Acolhamos o significado de cada rito litúrgico, para que a nossa
participação na santa eucaristia seja ainda mais fecunda e perene.
Fica
a dica a todos, a fim de que saibamos preservar a beleza que a nossa Liturgia
nos oferece!
Um comentário:
MUITO PERTINENTES AS SUAS ORIENTAÇÕES PADRE AURELIANO.
É SEMPRE BOM CONHECER OS DETALHES, POIS NA SANTA ELES FAZEM A DIFERENÇA PARA QUE CELEBREMOS MELHOR E COM MAIS AMOR.
OBRIGADA.
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