Deparamo-nos com as aparições do Cristo ressuscitado. Não era uma
miragem ou um fantasma. Não era uma ilusão de ótica, uma alucinação ou fantasia
dos discípulos. Verdadeiramente Jesus se apresenta. E não de forma espetacular
ou extraordinária. Aparece como um homem pedinte. Um necessitado que se esvazia
para que pudessem se preencher do seu amor. Jesus provou que estava mesmo ali
diante deles. “Vede minhas mãos e meus
pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede!”. Pediu até para comer. Jesus já
havia dito em outra ocasião que quando damos de comer a quem tem fome, é a Ele
que estamos alimentando. Jesus só pediu para comer, a fim de que aqueles homens
não duvidassem que Ele estava mais uma vez entre eles. Estava ressuscitado. Seu
corpo era o mesmo, mas agora GLORIOSO. Jesus não tinha mais necessidade alguma.
Nem mesmo do pão material. Mas quis comer para matar a fome daqueles homens
carentes. Jesus quis cativá-los. Por isso foi abrindo suas mentes e corações
para entenderem a Palavra de Deus e prosseguirem suas vidas como testemunhas do
Deus vivo e verdadeiro. QUEM ENCONTRA O RESSUSCITADO, MUDA DE VIDA. A Páscoa é
o tempo para mudarmos nossa fé. É a ocasião certa para amadurecermos o nosso
jeito de ser cristão. Aliás, cabe-nos a pergunta: DE QUE MANEIRA JESUS
RESSUSCITADO SE APRESENTA A NÓS HOJE? Ele nos pede no evangelho para sermos
suas testemunhas. Como estamos testemunhando que cremos na vida eterna?
Medrosos e passivos não faremos a experiência do amor de Deus. Na vida dos
sofredores que estão à nossa volta, ou mesmo na nossa própria vida, Jesus
continua mostrando suas mãos e seus pés marcados pela intolerância, desamor e
desrespeito. O que estamos fazendo para reverter tais situações? Tendo os
mesmos sentimentos d’Ele, certamente seremos suas testemunhas. Pedro e João (1ª
e 2ª leituras de hoje) nos apresentam concretamente o que é ser testemunha de
Jesus. No arrependimento, no propósito de mudar de vida, deixando a ignorância de
não conhecer a Palavra de Deus e, consequentemente aplicá-la na vida, estaremos
testemunhando o amor de Deus (At 3,13-15.17-19). Conhecendo a Deus, guardando
seus mandamentos e vivendo os princípios cristãos, poderemos afirmar que
reconhecemos o que é necessário para testemunharmos as graças de Deus que se
faz alimento (1Jo 2,1-5). Queridos, Jesus hoje fala, deixa-se ver, pede para
ter tocado e come com seus discípulos. Está mais do que na hora de repetirmos
seu comportamento para que a Páscoa seja verdade na nossa vida. Que o Senhor
ressuscitado, nos reanime e nos fortaleça, para que, alimentados pela Palavra e
pela Eucaristia, possamos sempre sentir sua presença em nosso meio.
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