quinta-feira, 23 de abril de 2015

Sexta da 3ª semana da Páscoa (Ano B): “A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida” (Jo 6,52-59).

Estamos hoje com a última parte do discurso de Jesus sobre o “pão da vida”. Essa história de comer a carne e tomar o sangue soava de forma complicada para os judeus. Achavam mesmo que Ele estava falando de um possível canibalismo. Era algo repugnante. O que Jesus queria dizer mesmo era que ASSIM COMO O ALIMENTO, UMA VEZ INGERIDO, NÃO MAIS CONSEGUE SER IDENTIFICADO NO ORGANISMO HUMANO, A NOSSA RELAÇÃO COM JESUS, EUCARISTICAMENTE, TORNA-SE UMA SÓ REALIDADE. O Sagrado, pela misericórdia de Deus, absorve nossa fraqueza humana. O corpo e o sangue de Jesus são totalmente doados à nossa salvação. Que nossas vidas sejam consumidas em prol de um verdadeiro motivo como fez Jesus. O pai e a mãe se consomem inteiramente no lar, no trabalho, na criação dos filhos e na doação exigente do amor mútuo porque encontram na família o pleno e verdadeiro sustento de suas vidas. Por isso são chamados a ser uma só carne como Jesus. Quando se tem uma meta, tudo o mais passa a ser secundário, pois o amor verdadeiro foi encontrado. Acolhamos o exemplo da conversão de São Paulo (1ª leitura - At 9,1-20). O Cristo que ele perseguia, torna-se o seu ideal de vida. São Paulo, antes de mudar, alimentava-se unicamente da vontade de exterminar os cristãos. Ao ter contato com a luz verdadeira, alimenta-se de Jesus. Na carne, no corpo e sangue de Jesus doado como alimento, São Paulo se deixa absorver de uma maneira tal que ele mesmo afirma: “vivo, mas não eu. É o Cristo que vive em mim”. Por isso Jesus nos diz hoje que seu corpo e seu sangue são nossa verdadeira comida e bebida. Isto, queridos, é a EUCARISTIA, alimento pascal. Renovemos a nossa vida como São Paulo, para que possamos testemunhar o Cristo ressuscitado a todos aqueles que a vida nos faz encontrar.

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