A palavra RELIGIÃO vem do verbo latino: “religare”,
que quer dizer RELIGAR, isto porque o ser humano precisa se religar diversas
vezes com o ser divino. A via, o fio condutor que nos dá acesso ao sagrado é a ORAÇÃO.
O evangelho de hoje nos fornece mais uma vez uma interpretação bonita a este
respeito. Jesus ensina os discípulos a se aproximarem de Deus mediante a
oração. Não uma oração montada e esteticamente bem produzida, com muitas
palavras e petições. Mas uma ORAÇÃO DIALOGAL. Uma conversa madura que flui do
coração. Eis, portanto, a oração do Pai Nosso. Enquanto muitos ofereciam
orações rebuscadas, providas de conteúdos voltados à lei, a oração do Pai
Nosso, sintetizando o próprio evangelho, evoca o sentido deste encontro
profundo com Deus. A ORAÇÃO, QUANDO SINCERA, TORNA-SE EFICAZ E CHEIA DE SENTIDOS.
A oração nasce do coração, fruto de uma intimidade que se dá pelo silêncio e
pelo temor a Deus. Mas ISTO SE DÁ NA PRÁTICA OU NOSSA ORAÇÃO É SIMPLESMENTE UM
CONJUNTO DE PALAVRAS, JACULATÓRIAS E PEDIDOS? Cada frase do Pai Nosso, relaciona-nos
com Deus e com os irmãos. Será se a nossa oração, a nossa vontade de estar
ligado a Deus, segue este propósito, ou buscamos uma relação INTIMISTA,
reduzindo o sentido verdadeiro da oração? Há canções que esquecem que Jesus nos
ensinou a chamar a Deus de NOSSO PAI. Acham melhor chamá-lo de MEU PAI. São
Paulo aprendeu muito bem o significado da oração, unindo-a à sua vida (1ª leitura – 2Cor 11,1-11). Rezando a Deus, vivia sempre atento ao
povo. Uma preocupação às vezes excessiva, porém eficaz. Rezemos saboreando cada
palavra do Pai Nosso, na missa, na oração pessoal e na vida, para que saibamos
vencer todas as tentações e quedas deste mundo. E que a vontade de Deus seja observada tanto no céu quanto na terra. O
Pai Nosso nos lembra disto!

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