quinta-feira, 18 de junho de 2015

Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum (ANO ÍMPAR): “Não junteis tesouros aqui na terra... juntai para vós tesouros no céu”. (Mt 6,19-23).

É dito que um povo sem memória é um povo sem história. Embora o passado não determine o presente e o futuro, registramos os acontecimentos e vamos ponderando com o passar do tempo. Mas às vezes a memória não mais consegue interagir com as lembranças da vida. Isto é sinal que algo não vai bem. Alguma anomalia vai tomando conta e isso não é nada agradável. Nossa sorte é que os esquecimentos e “apagões” ficaram para este mundo. Jesus no evangelho de hoje nos diz que as coisas por aqui podem ser acometidas pela traça e pela ferrugem. Tudo neste mundo é muito vulnerável. É triste quem deposita sua confiança apenas neste mundo. Vivemos pelo nosso esforço em consonância com a providência divina. Antes de estarmos preocupados em guardar ou acumular as coisas que nos circundam, acreditando que elas poderão ser úteis em algum momento da vida, busquemos preservar os reais valores. Estes sim farão parte de nossa história. Estarão sempre presentes e nos acompanharão mesmo quando nos faltarem forças para prosseguir. Alguns instrumentos ajudam, mas as vezes são substituídos por situações tecnológicas demais. Álbum fotográfico é coisa obsoleta. Por isso é preciso ter cuidado! As marcas digitais e os “pen-drives” da vida poderão ser atingidos por vírus cada vez mais potentes. Estas são algumas traças e ferrugens do mundo moderno. Em meio a estes desafios, será se conseguimos ser um povo de memória? Será se estamos juntando tesouros que valham realmente a pena? Jesus diz que o nosso coração se volta para onde está o nosso tesouro. Reconhecendo que Deus é o nosso maior tesouro, certamente teremos um “anti-vírus” potente, capaz de proteger tudo o que temos de mais valioso na vida. E assim saberemos preservar o que nunca poderá nos faltar: o amor a Deus e aos irmãos (1ª leitura – 2Cor 11,18.21b-30).

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