Somos acostumados a pensar sobre o termo CONSOLOÇÃO
como algo secundário e por vezes também insatisfatório. Quando almejamos algo e
não conseguimos, chega-nos apenas um PRÊMIO DE CONSOLOÇÃO. Como se dissessem a
nós: “você não conseguiu o que queria, mas para não passar em branco...”.
Porém, na perspectiva que aponta a nossa fé, a compreensão é bem diferente. Os
valores que o Reino de Deus nos oferece, trazem consigo um semblante bastante
peculiar e verdadeiramente duradouro. É assim que entendemos AS CONSOLAÇÕES DE
DEUS. Deus consola porque deseja ver-nos felizes. Mas não uma felicidade
transitória e frugal. Deus quer que sejamos INTERNAMENTE CONSOLADOS. Apesar de
experimentarmos situações difíceis na vida, apesar dos desconfortos e
descaminhos, FELIZ É AQUELE QUE PERDE O QUE MUITAS VEZES APENAS LHE CONVÉM, A
FIM DE ENCONTRAR A ALEGRIA QUE JAMAIS LHE FALTARÁ. Eis o verdadeiro sentido do
termo CONSOLAÇÃO. Com as bem-aventuranças do evangelho de hoje, devemos rezar
com cada palavra de Jesus e nos questionar profundamente: será se estamos
almejando viver as alegrias de Deus ou nos contentamos com meras situações de
tranquilidade que muitas vezes só correspondem ao nosso jeito individualista de
ser? “Consolar mais para ser consolado”. São Francisco de Assis já havia
proposto isto em sua oração tão bonita e tão bem cantada por todos. Consolação
vem de dentro para fora. O significado desta palavra quer dizer Todo Alívio
Dado A Uma Dor. E na certeza que Jesus nos faz entender, a dor do outro é
também a minha dor. Será se estamos exterminando as nossas dores aliviando as
dores dos outros? Eis a verdadeira consolação cristã. São Paulo nos faz
perceber este bonito sentimento aplicado à vida (1ª leitura – 2Cor 1,1-7). Que as nossas necessidades e misérias sejam supridas a partir do amor
d’Aquele que é “O PAI DAS MISERICÓRDIAS E DEUS DE TODA CONSOLAÇÃO”, amém!

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