Jesus
se encontrava em missão com os seus discípulos. Era uma ótima ocasião para estarem
sensíveis aos grandes desafios. Ele sabia disto, por isso apresentava as
situações boas de aprender com o povo e ensinar a respeito do Reino de Deus,
mas não se esquecia de oferecer os elementos importantes para a caminhada que
se faz presente por meio da cruz nossa de cada dia. Diante da boa fama a que
estavam acostumados a ouvir a respeito de Jesus no meio do povo, certamente era
muito bom estar ao lado d’Ele nas andanças que a missão oferecia. Enquanto isso,
Jesus se preocupava em falar também acerca das dificuldades do caminho, falando
do resultado de sua vida dedicada ao povo, com a cruz e a morte à sua espera no
calvário. Por outro lado, seus discípulos preocupavam-se com as regalias e os
privilégios de serem chamados “discípulos de Jesus”. Em algumas situações, talvez
ajamos do mesmo jeito. NUM DESCOMPASSO NA VIDA, DESPERCEBIDO OU INGÊNUO,
PODEMOS ACOLHER CERTOS DESCRÉDITOS EM MEIO AO PAPEL VERDADEIRO A QUE FOMOS
CHAMADOS A DESEMPENHAR. Numa linguagem bem coloquial, podemos dizer que,
enquanto Jesus estava ensinando, seus discípulos estavam se “achando”. FAMA,
PRIVILÉGIO, STATUS, PRESTÍGIO... SÃO TÍTULOS PARA AQUELES QUE GOSTAM DE SER
ADULADOS OU ADULADORES. Jesus chama para a missão, mas diz de cara que não há regalias.
Quem será o maior? Aquele que demonstrar viver na justiça de Deus (1ª leitura –
Sb 2,12.17-20). Jesus é a justiça de Deus. Vivamos conscientes nesta justiça. Apesar
das situações embaraçosas e desestimulantes, não percamos a fé. Fujamos dos
padrões de sermos o primeiro ou o maior. QUERER INTERESSES PRÓPRIOS, UMA VIDA
DE CARREIRISMO AO LADO DO NOME DE JESUS E DE SEU EVANGELHO, É O MESMO QUE “DAR
UM TIRO NO PRÓPRIO PÉ”. Estaremos fadados ao fracasso. Quem almeja tais coisas,
infelizmente não obterá êxito (2ª leitura – Tg 3,16-4,3). Jesus nos oferece a
vida verdadeira, desde que estejamos preparados a abraça-la com sinceridade e
doação. Eis o seguimento autêntico para o seu amor em nós.
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