A
parábola é deveras conhecida e bastante sugestiva, uma vez que estamos celebrando
o mês dedicado à Santa Bíblia. A história contada por Jesus fala de sementes
que foram lançadas em diversos tipos de terreno. Terreno bom, terreno com
pedras e espinhos e sementes que caíram de qualquer maneira. Rezando com as
palavras de Jesus, perguntemo-nos: que tipo de terreno estamos sendo? Nosso
coração é capaz de acolher a Palavra de Deus ou estamos nos perdendo em meio às
mensagens pedregosas e espinhosas da vida? Muitas são as palavras que teimam em
nos sufocar. Diversas são as situações que nos fazem perder o foco. No mundo
moderno, diante de tantas informações e ocupações, facilmente perdemos a
atenção para o que realmente é necessário ao nosso viver. Existe até aqueles
que sofrem com transtornos de déficit de atenção. É muita coisa para darmos
conta. Às vezes nossa mente e o nosso coração não conseguem assimilar tudo.
Precisamos fazer um esforço enorme. É possível e necessário. Peçamos a Deus
discernimento e coragem para saber cultivar a semente do seu amor e de sua
Palavra. Não nos percamos em meio às pedras e espinhos que teimosamente forçam
para que nos percamos em torno do essencial. Também não fiquemos à beira do
caminho. Acolhamos a tudo e a todos, mas sempre com presteza e determinação,
para que nossas sementes germinem e possam prosperar. Fico intrigado e triste
quando sei de pessoas que vão à missa aos domingos como meros expectadores e ouvintes.
Ouvem, não entendem e consequentemente não rezam. Não sabem como levar a
Palavra de Deus para aplicar às suas vidas. ESFORCEMO-NOS PARA QUE A NOSSA FÉ
NÃO SEJA REDUZIDA A UM DEPÓSITO DE INFORMAÇÕES E DEVOÇÕES. Saibamos traduzir em
nossas vidas o que temos, de fato, como princípios religiosos. Assim são os
reais ensinamentos de Deus. Que o zelo de São Paulo em ajudar Timóteo a ser
firme na missão (1ª leitura – 1Tm 6,13-16), guardando sempre a Palavra de Deus,
sirva-nos para fazermos do nosso coração a terra que sabe acolher a boa semente.
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